Por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, o especial de comédia intitulado “Perturbador”, do humorista Léo Lins, foi removido do Youtube. O especial, que estava disponível desde dezembro do ano passado, foi alvo de um pedido do Ministério Público. O vídeo, gravado durante um show em Curitiba e com mais de 3 milhões de visualizações, apresentava piadas sobre temas sensíveis, como escravidão, pessoas com deficiências e minorias.
Em resposta à decisão judicial, Leo Lins compartilhou um texto em sua conta no Instagram, expressando sua opinião sobre as consequências da medida. O humorista argumentou que a justificativa utilizada para remover seu show de stand-up poderia ser aplicada a grande parte dos especiais de comédia, e criticou o fato de piadas feitas em um palco de teatro serem equiparadas a atos criminosos. Lins afirmou que seu advogado está preparando uma defesa e que pretende gravar um vídeo para relatar o ocorrido.
Outros humoristas saíram em defesa de Léo Lins, entre eles Rodrigo Marques, Antônio Tabet e Fábio Porchat. Enquanto outras atacaram as piadas do comediante. Léo Lins, que ficou nacionalmente conhecido após trabalhar com Danilo Gentili nos programas “Agora é Tarde”, da Band e no “The Noite”, SBT, também se popularizou por fazer shows de stand up utilizando do humor negro.
No show que foi removido do Youtube, o humorista fez uma piada com a escravidão “Negro não consegue achar emprego, mas na época da escravidão já nascia empregado e também achava ruim”, dizia o texto.
Fonte: CNN Brasil