O polêmico assassinato que chocou o Brasil na década de 1990 virou um documentário. A trama “Pacto Brutal”, da HBO Max, trata do assassinato de Daniella Perez (1970-1992). Guilherme de Pádua, condenado pelo crime, tomou uma decisão: o silêncio.
Em um vídeo de quatro minutos no Youtube, o ex-ator explica o “porque de não se defender” diante das críticas recebidas pelo assassinato.
“Estou me ausentando, parando esse assunto. Eu creio que a fé que carrego vai me ajudar a melhorar como pessoa por dentro e até fazer alguma coisa por outros. Vou continuar nessa fé, não vou largar o caminho que estou seguindo”, conta no vídeo.
Outra afirmação de Pádua é de que a orientação veio de um pastor. “Ele me disse: ‘Filho, vá como ovelha muda ao matadouro, em alusão a uma passagem bíblica (Isaías 53:7).
Reação
De acordo com Pádua sua “reação natural” seria se defender. “Qualquer um tem direito de resposta no mundo natural, mas eu não vivo mais no mundo natural. Todos os dias quando eu acordo eu me lembro que sou o Guilherme de Pádua, que tenho essa carga nas minhas costas, e toda manhã é uma luta”, fala no vídeo.
Segundo Pádua o pastor em questão explicou que ele não irá mudar a opinião das pessoas. “Ele disse: ‘Você tem que entender que você era uma lagarta, vivia uma vida de imundície. A fé cristã propõe uma transformação, então tem que ser uma lagarta que se transforma em borboleta”.
“Não estou me fazendo de vítima, mas não é fácil voltar para a mídia depois de 30 anos. Eu cumpri mina pena, fiz tudo o que a Lei me exigiu. Estava levando uma vida digna, discreta. Aquilo que todo ex-presidiário deveria fazer”, finalizou.