Por Bryan Dolzane – Uma coisa começa a se desenhar no cenário político regional: Alfredo Nascimento não vai se deixar ser confundido com Alfredo Menezes. O pré-candidato ao Senado Coronel Menezes vem ganhando protagonismo — até pelas confusões que se mete — e isso pode levá-lo a acreditar que a sua liderança não responde a ninguém, ledo engano.
Em entrevista ao Programa “Fiscaliza Geral” da Rádio Onda Digital, Menezes afirmou que — se o Presidente Jair Bolsonaro vier apoiar a reeleição de Wilson Lima — “doa a quem doer” o vice será do Partido Liberal (PL), seu partido. Menezes coloca a indicação como questão sine qua non para a realização da aliança.
Só tem um problema, o Partido Liberal (PL) não é nem de Menezes e muito menos de Jair Bolsonaro. O PL é de Valdemar Costa Neto, e no Amazonas, de Alfredo Nascimento. Comprovando-se a tese de que aquele que fala menos manda mais.
Em entrevista para a mesma rádio no dia 28 de março, o ex-Senador Alfredo Nascimento tocou no mesmo assunto de uma forma bem mais amena, sem o “doa a quem doer” de Menezes, e disse que ele acredita no acordo firmado de que o vice de Wilson Lima será o ex-secretário Sabá Reis, que migrou do PL para o Avante de David Almeida.
Em nenhum momento Alfredo Nascimento se colocou contra esse acordo, pelo contrário, até defendeu a indicação de Sabá Reis.
“Eu acredito muito nesse acordo que foi feito. Aposto nele ainda e acho que ele vai se concretizar, e de todas as conversas, o candidato a vice de Wilson Lima, indicado pelo David, é o Sabá Reis”, afirmou Alfredo Nascimento.
Ou seja, mais uma vez, Coronel Menezes é o apêndice da articulação política, e é bom que ele se preocupe para não inflamar, para que sua extração não seja imposta.
- O autor é ativista e comentarista político. Siga-o no instagram @bryandolzane
