O governador Wilson Lima (PSC) anunciou ontem que o desfile das escolas de samba no Sambódromo está cancelado, por causa da nova onda da Covid-19. Mas ao mesmo tempo disse que vai transformar o evento em uma live, que será transmitida, com o devido patrocínio oficial, pela TV A Crítica, emissora aonde ele trabalhou desde que chegou a Manaus, vindo de Itaituba, no Pará, e que o projetou para a política.
Será a primeira vez em que as escolas de samba vão desfilar em LIVE no canal do Youtube da TV A Crítica, detentora do direito de arena do Carnaval, mas isso já aconteceu com o Festival de Parintins duas vezes, em 2020 e 2021. A emissora também é a “dona” da transmissão do evento. E em ambas ocasiões recebeu patrocínio generoso do Governo.
Aliás, basta uma olhada na lista de pagamentos da Secretaria de Comunicação do Estado para perceber que, pela primeira vez na história, não são os veículos da Rede Amazônica (leia-se Rede Globo) os que mais recebem recursos do Estado. Somadas todas as empresas da Rede Calderaro, inclusive o jornal A Crítica, que tem hoje uma circulação muito reduzida, mas continua muito prestigiado nas verbas oficiais, é este grupo o novo “rei” da mídia oficial.
O Carnaval e o Festival de Parintins representam uma boa parte do faturamento da TV A Crítica e graças ao apoio de Wilson Lima a emissora e o grupo a que pertence deixou de frequentar a coluna dos devedores de fornecedores, funcionários e impostos.
