Ontem (3), a atleta acreana Jerusa Geber, de 42 anos, ganhou a medalha de ouro no 100 metros da classe T11, que é um tipo de deficiência visual. Ela completou a prova de atletismo em 11 segundos e 83 segundos, superando a chinesa Cuiqing Liu, que ganhou a prata (12 segundos 04) e a paranaense Lorena Spoladore, que ganhou o bronze (12 segundos 14).
Foi a primeira vez que Jerusa subiu ao lugar mais alto do pódio nas paralimpíadas (ela tem duas pratas e dois bronzes), conquistados em três edições diferentes: Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020.
Por sua vez, Lorena Spoladore recebeu sua terceira medalha paralímpica. Ela já ganhou prata no revezamento 4x100m e bronze no salto em distância no Rio 2016.
Na semifinal da corrida, Jerusa bateu o recorde mundial com o tempo de 11s80. O 11s83 era a marca anterior registrada no CT Paralímpico de São Paulo.
Na história, apenas quatro velocistas cegas conseguiram fazer o 100m em menos de 12 s. Além da acreana, apenas três pessoas conseguiram fazer isso: a britânica Libby Clegg, a chinesa Cuiqing Liu e a chinesa Guohua Zhou. Outras duas atletas brasileiras chegaram perto: a paranaense Lorena Spoladore, que marcou 12s02 em 2019, e a mineira Terezinha Guilhermina, que marcou 12s10 nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.
Na manhã de ontem (3), o Brasil ganhou três medalhas adicionais no atletismo. Um ouro veio com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, e um bronze com o paulista Júlio César Agripino, nos 1500m da classe T11 (deficiência visual), além de uma prata com a baiana Raissa Machado no lançamento de dardo da classe F56 (competem sentados).
]Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.
