Um avião comercial com 64 pessoas a bordo colidiu no ar com um helicóptero militar na noite desta quarta-feira (29) em Washington, nos Estados Unidos. Após o impacto, a aeronave caiu no rio Potomac.
O voo 5342 da American Eagle, subsidiária regional da American Airlines, estava se aproximando do Aeroporto Ronald Reagan, vindo de Wichita, Kansas, quando, às 20h48 (horário local), colidiu com um helicóptero militar Black Hawk, que transportava três soldados em um treinamento noturno.
A American Airlines confirmou que a aeronave transportava 60 passageiros e quatro tripulantes. O Departamento de Defesa dos EUA classificou o caso como um acidente.
As autoridades de Washington informaram que ainda não há um número oficial de vítimas, mas uma grande operação de busca e resgate foi iniciada no rio Potomac. Em comunicado, a polícia afirmou que diversas equipes estão mobilizadas para a operação.
Até o momento, as autoridades confirmaram a existência de fatalidades, mas sem divulgar um número exato. Fontes policiais informaram à CNN que nenhuma vítima foi resgatada até o momento e que a possibilidade de sobreviventes é remota. A Fox News relatou que o avião se partiu em dois e que o helicóptero afundou de cabeça para baixo.
As operações de resgate enfrentam desafios devido às condições climáticas adversas e devem prosseguir ao longo da quinta-feira (30). John Donnelly, chefe do Serviço de Emergência de Washington, explicou que as baixas temperaturas e os ventos fortes dificultam os trabalhos.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, informou que cerca de 300 unidades de emergência, incluindo bombeiros, policiais, ambulâncias e equipes de mergulho, foram mobilizadas para a área do acidente. Ela expressou solidariedade às famílias das vítimas e garantiu que as informações serão atualizadas conforme forem confirmadas.
Jack Potter, presidente da Autoridade Aeroportuária Metropolitana de Washington, enfatizou que os esforços no momento estão focados no resgate das vítimas e que as operações continuarão “por muitas horas”.
Com a temperatura da água em torno de 4ºC no momento da colisão, as chances de sobrevivência são extremamente reduzidas. Especialistas estimam que uma pessoa exposta nessas condições resistiria por cerca de 20 minutos.
O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, que assumiu o cargo recentemente, afirmou estar em contato direto com o presidente Donald Trump e garantiu total apoio às operações. Ele também anunciou que a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) já iniciou uma investigação sobre o acidente.
Testemunhas relataram cenas impressionantes. Ari Schulmann, que dirigia na região no momento do acidente, disse à CNN que viu uma “correnteza de faíscas” no céu. “O avião parecia estar em um pouso normal, mas de repente inclinou para a direita, iluminando-se em um tom amarelo brilhante, com faíscas saindo da parte inferior”, contou.
Donald Trump se manifestou nas redes sociais, questionando por que o acidente não foi evitado. “A noite estava clara, as luzes do avião estavam acesas. Por que o helicóptero não subiu, desceu ou desviou? Por que a torre de controle não orientou corretamente? Isso não faz sentido!”, escreveu no Truth Social.
Em um comunicado mais formal emitido pela Casa Branca, o presidente afirmou estar acompanhando de perto a situação e pediu que Deus abençoe todos os envolvidos.
O Aeroporto Ronald Reagan permanecerá fechado até o meio-dia desta quinta-feira. Este é o primeiro acidente fatal envolvendo um avião comercial nos Estados Unidos em mais de uma década. O último caso ocorreu em 2009, quando o voo 3407 da Continental caiu em Buffalo, Nova York, matando todas as 49 pessoas a bordo.
Fonte: Redação Terra
