Bailarina que doou US$ 51 à Ucrânia é condenada na Rússia

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REUTERS

A bailarina russo-americana Ksenia Karelina foi condenada a 12 anos de prisão nesta quinta-feira (15) depois de ser considerada culpada de traição por ter doado fundos para uma organização de caridade que ajuda a Ucrânia.

Em um julgamento fechado realizado em Yekaterinburg, a cidadã de Los Angeles declarou-se culpada. O caso foi julgado pelo mesmo tribunal que em julho condenou o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich por espionagem.

O tribunal afirmou que os investigadores descobriram que Karelina tinha em 24 de fevereiro de 2022, no dia inicial da invasão russa da Ucrânia. – “transferidos fundos no interesse de uma organização ucraniana, que foram posteriormente utilizados para a compra de artigos táticos médicos, equipamentos, meios de derrota e munições pelas Forças Armadas da Ucrânia.”

Seus apoiadores afirmam que ela doou US$51,80 (R$283,32) para a Razom for Ukraine, uma organização de caridade com sede em Nova York que ajuda idosos e crianças na Ucrânia. A organização beneficente negou qualquer ajuda militar a Kiev.

Karlina apareceu em uma gaiola de vidro na sala do tribunal nesta quinta-feira (15), vestindo uma camisola branca e jeans azul.

A mulher de 33 anos não foi incluída na grande troca de prisioneiros realizada na semana passada entre a Rússia e o Ocidente, que libertou Gershkovich. No entanto, seu advogado Mikhail Mushailov afirmou que espera ser incluída em uma troca posterior.

Karelina nasceu na Rússia e emigrou para os Estados Unidos em 2012, recebendo cidadania americana em 2021. Foi presa pelo serviço de segurança da FSB depois de voar para a Rússia para visitar sua família em Yekaterinburg no início do ano.

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