Nesta terça-feira (7/3), a Coreia do Norte acusou os Estados Unidos de agravar a tensão na península coreana com os recentes exercícios militares em conjunto com a Coreia do Sul, e afirmou que caso as “provocações militares” dos dois países continuem, “não há garantia de que não haverá conflito”.
“O perigo de uma guerra nuclear na península coreana está passando de um cenário imaginário para um realista devido às ações irresponsáveis dos Estados Unidos e da Coreia do Sul”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, em comunicado divulgado na mídia estatal do país.
Pyongyang voltou a falar em um possível conflito nuclear com o Ocidente um dia após a realização de exercício conjunto entre Washington e Seul, nessa segunda-feira (6/3), na península coreana.
Pelo Twitter, o Departamento de Defesa da Coreia do Sul explicou que a atividade teve como objetivo estreitar a “cooperação entre as autoridades de defesa dos dois países”, e prometeu implementar uma dissuasão estendida contra a Coreia do Norte no futuro, com objetivo de alcançar “a paz através da força”.
Irmã de Kim Jong Un se pronuncia
Em outro comunicado, Kim Yo Jong, irmã do ditador Kim Jong Un, afirmou que a interceptação de mísseis de testes norte-coreanos por parte dos EUA e aliados será considerado “uma clara declaração de guerra” contra a Coreia do Norte.
“Se uma ação militar como a interceptação for feita contra nossos testes de armas estratégicas, conduzidos sem qualquer ameaça à segurança dos países vizinhos em mar aberto — e área aberta não pertencente ao controle dos Estados Unidos —, isso seria interpretado como uma declaração de guerra contra a Coreia do Norte”, disse.
A escalada na tensão entre Coreia do Norte, Estados Unidos e Coreia do Sul ocorre após os países liderados por Joe Biden e Yoon Suk Yeol anunciarem série de exercícios militares conjuntos em fevereiro deste ano.
