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Cientistas descobrem método para evitar metástase que causa após câncer de mama

As pacientes com câncer de mama positivo para receptor de estrogênio (ER+), o tipo mais comum, correm um risco de recorrência da doença em outras partes do corpo por anos após o diagnóstico e o tratamento do tumor primário.

Agora, pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR), do Reino Unido, afirmam ter desvendado o mecanismo que leva as células de câncer de mama a acordarem anos depois de um tratamento bem sucedido, levando a um quadro de metástase no pulmão.

A descoberta foi publicada na segunda-feira (13/3), na revista Nature Cancer, e marca um passo importante nos estudos de combate ao câncer. Realizado em camundongos, o trabalho revela como ocorre essa recidiva e aponta uma estratégia para evitá-la.

Os pesquisadores descobriram que a proteína PDGF-C, presente no pulmão, desempenha um papel fundamental para influenciar se as células inativas do câncer de mama permanecem adormecidas ou acordam.

Quando o nível de PDGF-C aumenta – o que é mais provável em idosos ou quando o tecido do órgão está desgastado ou cicatrizado –, as chances de as células cancerígenas latentes crescerem e se transformarem em um câncer de mama secundário sem potencializadas.

Tratamento

Após desvendar o mecanismo, os pesquisadores buscaram uma estratégia para bloquear o aumento da proteína PDGF-C. Testes com camundongos com tumores ER+ mostraram que o uso do imatinib, antes e depois do desenvolvimento dos tumores, reduziu significativamente o crescimento do câncer secundário. O medicamento é utilizado atualmente para tratar pacientes com leucemia mielóide crônica.

“Descobrimos como o envelhecimento do tecido pulmonar pode fazer com que as células cancerosas ‘despertem’ e se transformem em tumores, e encontramos uma estratégia potencial para ‘desarmar’ essas ‘ bombas-relógio’”, afirma Frances Turrell, uma das autoras do estudo, em um comunicado divulgado pela instituição inglesa.

Agora, a equipe planeja seguir com as pesquisas para compreender como os pacientes humanos podem se beneficiar do uso do imatinib. A longo prazo, eles pretendem desenvolver tratamentos específicos.

Foto: Divulgação

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