Neste domingo (25/09), Cuba aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo com 66,87% dos votos, ou seja, 3,93 milhões de cidadãos a favor, de acordo com resultados anunciados hoje (26/9) pelo Conselho Nacional Eleitoral do país. Os cubanos foram às urnas para votar o referendo que tem como objetivo atualizar o Código de Famílias de 1975.
Além do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o referendo pretende liberar a prática de barriga de aluguel no país e estabelecer novas medidas de proteção as mulheres vítimas de violência doméstica.
A decisão é um grande avanço para ilha caribenha, que entre os anos de 1960 e 1970 foi marcada pela perseguição aos gays. Eles eram enviados para campos de trabalho forçado para uma suposta “reeducação”.
O governo cubano lançou nos últimos meses uma ampla campanha a favor da aprovação do novo Código de Famílias por meio dos canais de comunicação estatais. Em contraposição, organizações como a Conferência Episcopal, ligada à Igreja Católica, intensificaram as publicações contrárias ao referendo.
Dados preliminares indicam que 1.950.090, ou 33,13%, dos cubanos são contra as mudanças no Código de Famílias.