Nesta quarta-feira (7), os Estados Unidos anunciaram que forneceria à República Democrática do Congo assistência humanitária no valor de quase US$ 414 milhões, considerando que mais de 25 milhões de pessoas, quase um quarto da população do país, precisam desse apoio.
A Reuters foi informada por Jeffrey Prescott, o Embaixador dos Estados Unidos nas agências das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, que uma parte significativa desse financiamento seria destinada a organizações e grupos de ajuda que fornecem assistência alimentar, cuidados de saúde, apoio nutricional, abrigo, água, saneamento e higiene de emergência.
“Este financiamento também inclui apoio direto a commodities agrícolas de agricultores americanos”, disse Prescott, que anunciará formalmente a ajuda nesta quarta-feira.
Os EUA enviaram US$ 838 milhões à RDC desde outubro, disse Prescott, com a doação.
Desde 2022, o exército do Congo tem combatido os insurgentes do M23, e as recentes batalhas no leste do país expulsaram mais de 1,7 milhão de pessoas de suas casas, elevando o número de congoleses deslocados por vários conflitos para um recorde de 7,2 milhões, segundo estimativas da ONU.
Um apelo de US$ 2,6 bilhões da ONU para a RDC neste ano ainda não foi atendido. Apenas um terço do dinheiro foi depositado nas contas da entidade. Mais de um milhão de crianças no Congo estão em perigo de desnutrição grave, de acordo com a Organização Mundial de Saúde no mês passado.
Prescott afirmou que esperava que o financiamento dos EUA incentivaria outras nações a “avançar” e ajudar a RDC também.
Além disso, Prescott declarou que os Estados Unidos doarão 50 mil vacinas de MPox e fornecerão US$ 10 milhões para assistência à saúde.
Uma infecção viral conhecida como Mpox, que pode se espalhar por contato próximo, geralmente é leve, mas às vezes pode causar morte. causa sintomas semelhantes aos da gripe e causa lesões no corpo cheias de pus.
Atualmente, o Congo tem cerca de 27.000 casos de mpox e mais de 1.100 mortes, a maioria das quais são crianças.