Após um ataque no fim de semana contra a liderança do grupo militante, que matou dezenas de palestinos acampados em uma “zona segura” designada, Israel atacou o sul e o centro da Faixa de Gaza nesta segunda-feira (15) com o objetivo de aumentar a pressão sobre o Hamas.
Dois dias depois de o ataque israelense transformar uma área residencial de Mawasi, perto da costa do Mediterrâneo, em um terreno baldio queimado com carros queimados e corpos mutilados, os sobreviventes deslocados não sabiam para onde ir.
Depois que Israel declarou Khan Younis uma zona segura, centenas de milhares de palestinos fugiram para Wasi, na periferia oeste da cidade. Israel afirmou que o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, foi o alvo de seu ataque no sábado. Deif foi um dos responsáveis pelos ataques de 7 de outubro a cidades e aldeias israelenses que desencadearam a guerra em Gaza.
As autoridades palestinas afirmam que no sábado, dia 13, pelo menos 90 pessoas morreram e muitas centenas ficaram feridas. Os jornalistas da Reuters que estavam presentes no local registraram as atrocidades, que mostraram os residentes carregando seus corpos e feridos em meio à fumaça e fogo.
Na segunda-feira (15), os residentes de Rafah, o principal centro do avanço israelense desde maio, relataram novos combates. Várias casas foram destruídas pelas forças israelenses nas partes oeste e central da cidade, disseram. De acordo com autoridades médicas, dez corpos de palestinos mortos pelo fogo israelense nas áreas orientais da cidade foram recuperados, alguns dos quais já haviam começado a se decompor.
Os militares também intensificaram os bombardeamentos de tanques e aéreos nos campos de refugiados históricos de Al-Bureij e Al-Maghazi no centro de Gaza. Autoridades de saúde informaram que cinco palestinos morreram em um ataque aéreo israelense a uma casa no campo de Maghazi.
Os militares israelenses afirmaram que dezenas de alvos militares palestinos em Gaza foram atingidos pela força aérea, resultando na morte de vários homens armados. Ele afirmou que homens armados foram mortos pelas forças armadas em Rafah e no centro de Gaza, ocasionalmente em combates corpo a corpo.
Em um comunicado, a brigada Al-Quds, o braço armado do grupo militante da Jihad Islâmica, afirmou que seus soldados estavam participando de intensas batalhas no campo de Yabna, em Rafah.
