Nesta quarta-feira (24), o presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta um desafio significativo com a realização de uma greve geral liderada pelas principais centrais sindicais do país. Convocada pela histórica união sindical vinculada ao peronismo, Central Geral do Trabalho (CGT), a paralisação conta com o apoio da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA) e outros sindicatos e movimentos sociais.
A greve, marcada para começar às 12h no horário local e seguir até a meia-noite, é uma resposta à proposta de desregulamentação econômica apresentada por Milei através de um megadecreto em dezembro. Os manifestantes se concentram em diferentes pontos da cidade, marchando em direção ao Congresso, em apoio a legisladores que devem votar contra as medidas propostas pelo presidente.
O governo Milei tenta desencorajar a adesão à greve, com o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, anunciando a intenção de entrar com ações judiciais contra os organizadores. O ministério da Segurança, liderado por Patricia Bullrich, criou um número de denúncias para relatar tentativas de coação. O governo também anunciou que descontará o dia não trabalhado dos funcionários públicos que aderirem à paralisação.
A greve geral afetará significativamente o tráfego aéreo, com a companhia Aerolineas Argentinas cancelando 267 voos e a Gol suspendendo todos os voos desta quarta-feira da e para a Argentina. A Latam e a Jet Smart também alertaram sobre a possibilidade de atrasos e/ou cancelamentos, enquanto a Flybondi conseguiu manter parcialmente suas operações transferindo voos para o Aeroporto Internacional de Ezeiza. A greve reflete a tensão crescente entre o governo Milei e os sindicatos argentinos.
Fonte: CNN Brasil
