Hamas e Israel aprovam acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza

0
103
Reprodução

Nesta sexta-feira (17/1), o gabinete de segurança de Israel ratificou o acordo de cessar-fogo com o Hamas para a troca de dezenas de reféns e prisioneiros, suspendendo a guerra que já dura 15 meses por um período inicial de seis semanas. A validação ocorre após um atraso de 48 horas, o qual gerou preocupações de que conflitos entre Israel e o Hamas pudessem prejudicar o acordo.

Na quarta-feira (15/1), Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo na guerra em Gaza, após meses de negociações fracassadas devido a reivindicações de ambas as partes.

No mesmo dia, o Hamas emitiu uma declaração. “A liderança política do movimento declarou que a resposta foi responsável e positiva à proposta”, afirmou.

No entanto, Israel levou 48 horas para se pronunciar, chegando a atacar a Faixa de Gaza na noite de quinta-feira (16/1), o que provocou o temor de que o acordo fosse anulado. O acordo também foi ameaçado por membros da extrema direita do governo de coalizão liderado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Com o acordo ratificado por Israel, o documento será encaminhado para a aprovação final, para que possa ser implementado no domingo (19/1), com a libertação dos primeiros reféns e prisioneiros.

O acordo de cessar-fogo é dividido em três etapas:

Primeira etapa: devolução progressiva dos reféns durante um período de seis semanas, englobando mulheres, crianças, pessoas idosas e civis feridos. No término da etapa inicial, todos os prisioneiros civis, sejam eles vivos ou falecidos, terão sido libertados.

Segunda etapa: os últimos reféns vivos do Hamas serão devolvidos e uma proporção equivalente de prisioneiros palestinos será libertada; espera-se que Israel se afaste completamente da região de Gaza, embora as negociações ainda não estejam totalmente definidas.

Terceira etapa: troca de cadáveres de reféns mortos e integrantes do Hamas, além de um plano de reconstrução para Gaza.

Durante 15 meses, a guerra em Gaza resultou na morte de mais de 46 mil palestinos. Em Israel, cerca de 1,2 mil indivíduos foram mortos e 250 foram mantidos reféns durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que provocou a guerra.

Deixa uma resposta

Por favor, deixe o seu comentário:
Por favor, digite seu nome