A terceira libertação de reféns como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas ocorreu nesta quinta-feira (30) em diferentes regiões da Faixa de Gaza.
Oito reféns foram soltos por grupos armados do Hamas, da Jihad Islâmica Palestina e de outras duas facções militantes, tanto no norte quanto no sul do território.
Entre os libertados estavam três israelenses — uma soldado e dois civis — além de cinco cidadãos tailandeses.
A primeira a ser libertada foi Agam Berger, uma militar israelense de 20 anos, sequestrada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Ela foi entregue à Cruz Vermelha na região de Jabalya, no norte de Gaza, por volta das 10h (horário local). Pouco depois, Israel confirmou que ela já estava reunida com sua família e que exames médicos indicaram seu bom estado de saúde.
Os outros sete reféns foram soltos por volta das 13h30, na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Entre eles estavam os civis israelenses Gadi Moshe Mozes, de 80 anos, e Arbel Yehud, de 29.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também divulgou as identidades dos cinco tailandeses libertados: Pongsak Thanna, Sathian Suwannakham, Watchara Sriaoun, Bannawat Saethao e Surasak Lamnao. Todos foram entregues à Cruz Vermelha junto com os cidadãos israelenses.
O Exército de Israel informou que os reféns libertados estão recebendo atendimento médico em hospitais.
O acordo prevê ainda a libertação de pelo menos 110 prisioneiros palestinos detidos por Israel ao longo do dia. No entanto, o governo israelense anunciou um adiamento na soltura, alegando que “cenas horríveis” durante uma das entregas de reféns em Gaza motivaram a decisão.
Segundo um comunicado do gabinete de Netanyahu, mediadores garantiram que futuras liberações ocorrerão de forma segura e que os prisioneiros palestinos serão soltos conforme o previsto.
Os critérios para a libertação dos prisioneiros palestinos foram estabelecidos da seguinte forma:
- 30 prisioneiros para cada refém libertado que seja criança, mulher civil ou homem civil com mais de 50 anos;
- 50 prisioneiros para cada mulher soldado;
- 110 prisioneiros para cada refém ferido ou doente.
De acordo com o Hamas Prisoner Media Office, os 110 palestinos que devem ser soltos incluem 30 crianças, 32 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 48 pessoas com penas elevadas.