Nessa quarta-feira (07/12), o Congresso do Peru aprovou a destituição do presidente Pedro Castillo, após ele anunciar um ‘governo de exceção’ e toque de recolher, causando tensão entre os poderes.
A Suprema Corte chamou a decisão de golpe de Estado.
Castillo havia sido convocado ao Congresso para responder a acusações de “incapacidade moral permanente” para governar, em meio a várias investigações sobre suposta corrupção no governo.
O Congresso apurou a decisão e destituiu Castillo com 101 votos a favor, com o apoio de parlamentares de direita e esquerda, seis contra, e dez abstenções.
Com o impeachment decretado, o Congresso do Peru convocou a vice-presidente, Dina Ercilia Boluarte, para assumir o cargo. Ela é a primeira mulher a ser presidente do Peru.
Ela foi ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social do Governo, mas renunciou ao cargo em novembro deste ano.
Boluarte rejeitou publicamente a decisão de Castillo de fechar o Congresso. Nas redes sociais, a vice peruana escreveu:
“Rejeito a decisão de Pedro Castillo de perpetrar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. É um golpe de Estado que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com estrito cumprimento da lei.”
Além de Boluarte, a embaixadora dos EUA no Peru, Lisa Kenna, escreveu no Twitter:
“Os Estados Unidos rejeitam categoricamente qualquer ato extraconstitucional do presidente Castillo para impedir o Congresso de cumprir seu mandato”.