Nesta segunda-feira (12/12), o Irã executou um jovem em enforcamento público, após ele ser condenado pela morte de dois membros das forças de segurança. A informação é da agência de notícias do Poder judiciário israelense Mizan.
Esta é a segunda execução em menos de uma semana de pessoas envolvidas nos protestos antigovernamentais.
As manifestações que começaram após a morte da iraniana curda Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, sob custódia da polícia, se transformaram em uma revolta popular de iranianos de todas as camadas da sociedade, em um dos piores desafios de legitimidade à liderança clerical desde a revolução de 1979.
“Majid Reza Rahnavard foi enforcado em público na [cidade sagrada xiita de] Mashahd esta manhã. Ele foi condenado à morte por ‘fazer guerra contra Deus’ depois de esfaquear até a morte dois membros das forças de segurança”, informou a agência Mizan.
De acordo com a agência de notícias Fars, Rahnavard matou dois membros da força voluntária Basij e feriu outros quatro.
O ativista de Direitos Humanos do Irã, Mahmood Amiry-Moghaddam, alertou para a escalada de violência contra manifestantes no país.
“A execução pública de um jovem manifestante, 23 dias após sua prisão, é outro crime grave cometido pelo I.R. líderes e uma escalada significativa do nível de violência contra os manifestantes”.
Nas redes sociais, ele fez um apelo à comunidade internacional para que se posicione visando impedir as execuções.
“Milhares de manifestantes detidos e uma dúzia de sentenças de morte já emitidas. Existe um sério risco de execução em massa de manifestantes. A execução de hoje deve receber uma resposta tão forte que dissuada o I.R. líderes de mais execuções”, completou.