Esta quinta-feira (6), Israel atacou uma escola da Agência para Refugiados da ONU (UNRWA) na Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, informou que 40 pessoas morreram e 74 ficaram feridas. O Exército israelense informou que entre 20 e 30 pessoas morreram. Há pelo menos 35 vítimas, de acordo com Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA.
Embora as Forças Armadas de Israel admitam ter atingido o local, eles afirmaram que mataram terroristas do Hamas no interior da escola durante a ofensiva. A UNRWA já negou que vinha abrigar palestinos deslocados por causa da guerra.
Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, foi o local do ataque.
A agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) administra a escola e oferece aulas a crianças do campo de refugiados. Esses campos eram inicialmente habitados por palestinos que viviam em territórios que foram transformados no Estado de Israel em 1948.
As Forças Armadas de Israel disseram que uma unidade do Hamas dentro da escola foi atacada por caças do Exército com um “ataque preciso”.
O Exército de Israel declarou em um comunicado que os terroristas conduziram sua campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e usando-a como refúgio.
O bombardeio na escola deixou 30 corpos no hospital, segundo a Associated Press. Além disso, outro ataque na região matou seis pessoas adicionais.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que, desde terça-feira (4), cerca de 70 pessoas morreram e 300 ficaram feridas no mesmo hospital. A organização disse que mulheres e crianças são a maioria dos pacientes alvo de bombardeios.
Esta manhã, o cheiro de sangue na sala de emergência era insuportável. Pessoas estão deitadas em todo o lugar, no chão e fora. Os corpos estão sendo transportados em sacos de plástico. Karin Huster, coordenadora da MSF em Gaza, declarou que a situação não pode ser mantida.
