Duas explosões ocorreram nesta quarta-feira (3) durante uma procissão no Irã, resultando na morte de 103 pessoas que se dirigiam ao túmulo de Qassem Soleimani. O grupo, que prestava homenagens pelos quatro anos da morte do ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana, foi alvo do que o governo classificou como um atentado terrorista. Autoridades locais afirmam que se tratou de um ataque suicida, e até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ocorrido.
As explosões ocorreram em uma rua em direção ao cemitério onde Soleimani está enterrado, na cidade de Kerman, região central do Irã. A primeira explosão ocorreu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano, resultando em vítimas fatais e deixando corpos espalhados pela área. O ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi, prometeu uma “resposta retumbante” ao suposto ataque, que ocorre no aniversário da morte de Soleimani. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança após a morte de Soleimani em um ataque com drone dos EUA em 2020.
A morte de Qassem Soleimani desencadeou uma onda de revolta no Irã contra os Estados Unidos, resultando em tensões crescentes na região. Soleimani era uma figura proeminente e influente no país, sendo morto em uma operação ordenada pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que alegou que o general estava envolvido em ataques contra interesses norte-americanos no Oriente Médio. Desde então, o Irã intensificou seu apoio a grupos que atuam contra Israel.
Fonte: Portal R7