O Museu e Memorial de Auschwitz-Birkenau, localizado na Polônia, divulgou o lançamento de um novo recurso online que possibilita a busca por informações sobre as vítimas do campo de concentração nazista, além de fornecer detalhes sobre o transporte de prisioneiros para o local.
De acordo com uma declaração da entidade – situada onde ficava o antigo campo de extermínio nazista de mesmo nome -, o novo site victims.auschwitz.org disponibiliza informações sobre 1.187 transportes de prisioneiros e 265.702 indivíduos que podem ser examinadas sem custo. Isso é fruto de “anos de esforço” e da avaliação de “aproximadamente um milhão de documentos”.
O diretor do museu, Piotr Cywinski, apresentou nessa terça-feira (26/11) a ferramenta “destinada a historiadores e a todos os interessados em história, tanto familiares das vítimas ou sobreviventes, como pessoas que queiram saber um pouco mais sobre esse obscuro capítulo do passado”.
“Recuperar e mostrar a identidade de certas vítimas de Auschwitz é uma parte muito importante de nossa missão”, lembrou Cywinski. “Porque os soldados da SS (corpo militar que dirigia os campos de extermínio nazistas) despojaram as vítimas da sua humanidade. Ao destruir provas dos seus crimes, tentaram eliminar as suas identidades”, acrescentou.
“Para as autoridades do campo, as vítimas eram apenas números. Para nós, cada uma dessas pessoas tem o seu nome, rosto e história”, ressaltou o diretor do museu.
A ferramenta digital, fruto de anos de esforço da equipe de arquivistas, apresenta uma cronologia dos deslocamentos para Auschwitz, contendo dados sobre a quantidade de indivíduos deportados, a variedade de números atribuídos a homens e mulheres, além do número de indivíduos mortos nas câmaras de gás, entre outras informações.
O motor de busca fornece detalhes precisos sobre as deportações para o campo e o destino das vítimas. Os serviços de transporte individual estão associados ao nome e sobrenome dos detentos, facilitando a busca por informações sobre indivíduos específicos pelos usuários.
Os usuários têm a capacidade de fazer suas próprias buscas por sobrenome, data de detenção no campo e local de deportação, que são exibidos em um mapa dinâmico.
Além disso, informações acerca do transporte de prisioneiros são fornecidas no mapa interativo, que indica os pontos de partida das deportações.
O site também utiliza informações provenientes de várias fontes, tais como listas de transporte alemãs, memórias de poloneses enviados para Auschwitz e pesquisas acadêmicas.
No entanto, esclarecem, “a pequena percentagem de documentos de arquivo preservados significa que nem todas as vítimas são conhecidas pelo nome e sobrenome”.
Fonte: Metrópoles