Milão, na Itália, foi palco de uma grande aglomeração nesta quarta-feira, 14, com admiradores e seguidores de Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, reunidos para dar o último adeus ao político e magnata que faleceu aos 86 anos na segunda-feira, 12, vítima de leucemia. O funeral de Estado, realizado na catedral da cidade, contou com a presença de milhares de pessoas, incluindo autoridades e políticos do país. Telões foram instalados na praça principal de Milão e nas portas da catedral para que o público pudesse acompanhar a cerimônia.
Dentre as personalidades presentes estavam o presidente da República, Sergio Mattarella, a primeira-ministra Giorgia Meloni e os dois vice-primeiros-ministros, Matteo Salvini e Antonio Tajani. Tajani é o número dois do partido de Berlusconi, o ‘Forza Italia’. Meloni e Salvini, líderes de extrema-direita da coalizão no poder, participaram de um velório na residência do empresário em Arcore, perto de Milão, na noite de terça-feira. O funeral de Estado, que inclui um dia de luto nacional, foi alvo de algumas críticas, como a de Rosy Bindi, ex-ministra de esquerda, que considerou a decisão inoportuna para uma figura tão divisiva como Berlusconi.
Centenas de seguidores do “Cavaliere” se reuniram atrás das grades colocadas pela polícia nos arredores da catedral. Coroas de flores foram dispostas nos degraus que levam ao átrio. Muitos manifestaram seu pesar pela perda do líder político, destacando sua carisma, criação de empregos e empatia. A ausência de Berlusconi é sentida como um grande vazio impossível de preencher. A presença de outros líderes, como o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, era esperada, segundo a agência de notícias italiana Ansa.
Fonte: Jovem Pan
