O Exército de Israel emitiu um aviso nesta quinta-feira, 12, ordenando que os moradores do norte da Faixa de Gaza se desloquem para o sul da região em até 24 horas. A medida foi justificada como uma ação para a “própria segurança” dos habitantes, e eles foram aconselhados a só retornar quando o governo israelense permitir. Isso levanta a expectativa de um possível ataque por terra em Gaza, com Israel indicando que as operações nos próximos dias serão “significativas”. Antes do comunicado do Exército israelense, a ONU havia antecipado uma ordem semelhante a cerca de 1,1 milhão de palestinos, mas o exército israelense esclareceu que o alerta se aplica apenas à Cidade de Gaza, que tem aproximadamente 677 mil habitantes.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, alertou sobre as possíveis consequências humanitárias devastadoras de uma evacuação dessa magnitude. Ele apelou veementemente para que qualquer ordem semelhante emitida por Israel, se confirmada, seja revogada, evitando que uma tragédia se transforme em uma situação calamitosa.
O conflito já resultou em um número alarmante de mortes de ambos os lados, com mais de 2.800 mortos até o momento. Israel relatou 1.300 mortes, enquanto os bombardeios israelenses em Gaza causaram 1.837 mortes, incluindo 500 crianças e 276 mulheres, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O número de feridos também é substancial, com Israel relatando 3.268 feridos hospitalizados, incluindo 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado. Do lado de Gaza, há 6.612 feridos, bem como 31 mortes na Cisjordânia e aproximadamente 180 feridos. Além disso, cerca de mil milicianos do Hamas e forças de segurança em território israelense perderam a vida durante o conflito, com combates esporádicos ainda ocorrendo.
Fonte: Jovem Pan