A Igreja Católica começa, neste domingo (13), a Semana Santa, o período mais significativo do ano litúrgico, com a contagem regressiva para a Páscoa. No entanto, o papa Francisco, que está se recuperando de uma pneumonia dupla e passou mais de um mês internado, ainda não fez aparições públicas. A dúvida permanece sobre sua participação nas celebrações.
O pontífice de 88 anos foi aconselhado a cumprir dois meses de repouso para uma recuperação completa, o que significa que ele pode passar grande parte ou até toda a Semana Santa sem comparecer publicamente.
“A Semana Santa deste ano será bem diferente para o papa e para os fiéis”, afirmou Anna Rowlands, acadêmica da Universidade de Durham, na Inglaterra. Ela destacou que a ausência do papa pode intensificar o significado das celebrações para muitos católicos.
Durante a Semana Santa, os cristãos relembram o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Tradicionalmente, o papa lideraria várias cerimônias no Vaticano, incluindo a missa do Domingo de Páscoa, quando milhares de pessoas se reúnem na Praça de São Pedro para celebrar a ressurreição de Cristo.
Embora o Vaticano ainda não tenha definido se o papa poderá fazer aparições breves ou participar de eventos via videoconferência, a assessoria de imprensa informou que sua participação será decidida caso a caso.
O reverendo Bruce Morrill, padre jesuíta da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, comentou que a transparência do papa em relação à sua enfermidade pode conferir uma nova dimensão ao feriado. “Talvez os fiéis encontrem força e inspiração na presença limitada do papa durante os serviços da Semana Santa”, disse.
Desde sua alta, em 23 de março, o papa Francisco fez apenas uma breve aparição pública, no dia 6 de abril, quando se dirigiu à multidão na Praça de São Pedro, falando com voz frágil por poucos minutos.