Nesta quinta-feira (21/11), o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu ordens de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; Yoav Gallant, antigo ministro da Defesa de Israel; e Mohammed Deif, líder do grupo terrorista Hamas, que Israel afirma ter assassinado.
O Tribunal Penal Internacional afirma possuir evidências robustas de que esses réus cometeram crimes de guerra deliberados ao atacarem civis.A decisão atende ao pedido feito pela Procuradoria do tribunal contra Netanyahu em maio deste ano, bem como aos outros três pedidos feitos contra os líderes do Hamas.
Israel é acusado de “induzir a fome como estratégia de guerra” e o Hamas de “exterminação de povo”..
Também foram apresentados pedidos de mandados de prisão para outros dois líderes do Hamas, Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar, pela promotoria do TPI. Contudo, com a confirmação de suas mortes em ataques de Israel, os pedidos perderam a finalidade.
No que diz respeito a Mohammed Diab Ibrahim, também conhecido como Deif, o tribunal declarou que não dispõe de dados suficientes para confirmar sua sobrevivência, por isso, o mandado de prisão foi expedido.
O TPI não tem autoridade para deter pessoas. As ordens de detenção foram enviadas aos 124 países membros do TPI. O Brasil é um deles, o que implica que as autoridades desses países se comprometem a executar a sentença e deter qualquer condenado que entre em suas fronteiras.
Os crimes cometidos pelos líderes do Hamas são:
- Exterminação de povo;
- Assassinato de civis;
- Sequestrar e fazer civis reféns;
- Tortura;
- Estupro e atos de violência sexual;
- Tratamento cruel e desumano
Os crimes cometidos pelos líderes do Israel são:
- Indução à fome como método de guerra;
- Sofrimento deliberado na população civil;
- Assassinato de civis;
- Ataques deliberados a civis;
- Exterminação de povo;
- Perseguição e tratamento desumano.
Com informações de Metrópoles.