Na noite de segunda-feira (10), Moscou foi alvo do maior ataque com drones desde o início da guerra, conforme relatado pelo governo russo, poucas horas antes do início de negociações na Arábia Saudita sobre um possível cessar-fogo.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que 337 drones ucranianos foram interceptados ou destruídos em Moscou e em outras nove regiões russas. O ataque resultou em pelo menos três mortos e três feridos, além de causar incêndios e danos em edifícios residenciais e um estacionamento na capital russa.
O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyev, confirmou as mortes e relatou que 12 pessoas, incluindo três crianças, precisaram ser evacuadas de seus apartamentos devido aos danos causados pelos ataques. O prefeito da cidade, Sergei Sobyanin, afirmou que mais de 60 drones foram abatidos enquanto se aproximavam de Moscou. O ataque também levou ao fechamento temporário de quatro aeroportos da cidade.
Imagens divulgadas mostram um apartamento destruído e uma casa em chamas, resultado do ataque, que ocorre em um momento crucial para as negociações internacionais. As conversas entre Ucrânia e Estados Unidos, realizadas na Arábia Saudita, buscam um possível cessar-fogo. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacou que a retomada da ajuda militar a Kiev dependeria da postura da Ucrânia em relação ao processo de paz, após a suspensão da assistência americana.
Simultaneamente, a Rússia intensificou seus ataques a várias cidades ucranianas, lançando um míssil balístico Iskander e 126 drones contra alvos em Odesa, Sumy, Kherson e Donetsk. Segundo Kiev, 79 drones e o míssil foram interceptados, evitando danos maiores. Os ataques russos deixaram um ciclista ferido em Kherson e um civil morto em Pokrovsk.
A situação se complica ainda mais com a possibilidade de uma visita do emissário especial dos EUA, Steve Witkoff, a Moscou nesta semana, onde ele pode se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin.
