O governo venezuelano emitiu uma ordem para a retirada de todos os funcionários do escritório de direitos humanos da ONU do país em um prazo de três dias, anunciando a intenção de conduzir uma avaliação da cooperação entre o país e a organização.
De acordo com o governo, a medida visa “suspender as operações do escritório de consultoria técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e realizar uma revisão dos acordos de cooperação técnica”.
Em comunicado, o governo venezuelano declarou que a revisão será conduzida dentro dos próximos 30 dias. Durante uma entrevista diária, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, mencionou ter acabado de tomar conhecimento da decisão da Venezuela e expressou sua posição a respeito.
Críticas
A televisão estatal criticou duramente na quarta-feira comentários do relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, que realizou uma visita à Venezuela.
Fakhri afirmou em um comunicado que o programa de alimentação do governo não aborda as causas fundamentais da fome e é suscetível a influências políticas.
O gabinete de direitos humanos da ONU, que opera na Venezuela desde 2019, precisa retificar sua atitude “colonialista, abusiva e violadora”, acrescentou o comunicado do governo.