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segunda-feira, junho 9, 2025
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Manaus terá 39 pontos de vacinação contra a Covid-19 nesta quarta-feira

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Serão quatro pontos estratégicos e 35 unidades de saúde, entre UBSs e policlínicas, funcionando das 9h às 16h

A Prefeitura de Manaus vai disponibilizar, nesta quarta-feira (13), 39 pontos para atendimento dentro da campanha de vacinação contra a Covid-19, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Serão quatro pontos estratégicos e 35 unidades de saúde, entre UBSs, clínicas da família e policlínicas, funcionando das 9h às 16h, com a oferta de primeira, segunda e terceira dose. O Centro de Convenções, o “Sambódromo”, na zona oeste, permanecerá fora de operação para serviços de manutenção.

Em quase nove meses de campanha, a Semsa conseguiu vacinar com a primeira dose, quase 88% da população apta a ser imunizada, cujo total é de 1.785.793 pessoas. Com as duas doses das vacinas, o percentual é de 56% que, somados aos vacinados com a dose única do imunizante Janssen, chega a quase 58% do público vacinável, que são pessoas de 12 anos e mais. De acordo com os dados do “Vacinômetro” municipal, 196.011 pessoas ainda não foram receber a primeira dose da vacina.

A secretária titular da Semsa, Shádia Fraxe, reforça a necessidade de que todos estejam vacinados. “É muito importante que as pessoas que ainda não tomaram a primeira dose procurem os nossos pontos para iniciar o esquema. Temos quase 11% da população vacinável ainda sem nenhuma proteção contra o novo coronavírus”, disse.

No último sábado, mais de 29 mil pessoas compareceram aos pontos de vacinação da prefeitura. O município ultrapassou a marca de um milhão de segundas doses aplicadas. Os registros do Sistema Municipal de Vacinação (SMV) apontam que 226.208 pessoas já passaram dos intervalos para receber a segunda dose, o que representa quase 15% do público que recebeu a primeira dose.

“Volto a afirmar: quem tomou a primeira dose de um dos imunizantes que necessitam de duas, deve procurar imediatamente nossos pontos de vacinação para concluir o esquema vacinal. Apenas uma dose não irá garantir a eficácia esperada das vacinas”, explicou Shádia, orientando, ainda, que seja feita a consulta ao Imuniza Manaus (https://imuniza.manaus.am.gov.br).

Documentos

A Semsa lembra que quem for receber a primeira dose deve estar atento à documentação exigida: adolescentes de 12 a 17 anos precisarão estar acompanhados pelo pai, mãe, ou uma pessoa maior de 18 anos, que deverá assinar uma declaração de responsabilidade no verso da cópia do comprovante de residência. Também será necessário apresentar um documento de identidade ou certidão de nascimento, CPF ou Cartão Nacional do SUS (CNS). Quem tiver 18 anos ou mais precisa levar o documento de identidade original, com foto, CPF e o comprovante de residência, com cópia.

No caso da segunda dose, só é preciso apresentar o documento de identificação, o CPF e a carteira de vacinação com o registro da primeira dose. Quem tiver perdido a carteirinha, pode comprovar pelo aplicativo ContecteSus, que pode ser instalado no celular. Adolescentes de 12 a 17 anos deverão estar com pais ou um responsável maior de 18 anos.

Para a dose de reforço, no caso das pessoas de 60 anos e mais, é preciso apresentar o documento de identidade, CPF e a carteira de vacinação com o registro das duas doses. Trabalhadores da saúde de 40 anos e mais, precisam apresentar, além desses documentos, um comprovante de vínculo com o local onde trabalha. Os imunossuprimidos devem consultar nos cards nas redes sociais da Semsa – @semsamanaus, no Instagram, e Semsa Manaus, no Facebook, o tipo de comprovação da condição de saúde que pode ser apresentado.

Os endereços dos pontos de vacinação estão disponíveis nas redes sociais da Semsa e no site da secretaria, pelo link http://bit.ly/localvacinacovid19.

Com informações da Semcom

Entrega de ingressos para sorteados para jogo Brasil x Uruguai começa nesta quarta-feira

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Contemplados no “Vacina Premiada” poderão resgatar bilhetes, entre 10h e 20h, no Centro de Convenções Vasco Vasques, na avenida Constantino Nery

O Governo do Amazonas inicia, nesta quarta-feira (13), a entrega de ingressos para os ganhadores na campanha “Vacina Premiada”, que dá direito a assistir à partida entre Brasil e Uruguai marcada para a próxima quinta-feira (14), na Arena da Amazônia. Os contemplados poderão resgatar os ingressos, entre 10h e 20h, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, na avenida Constantino Nery.

Quinze postos de retirada serão montados no Vasco Vasques, recebendo os ganhadores em ordem alfabética para assinatura de protocolo. Os três mil bilhetes sorteados são uma contrapartida da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o Estado, sem custo para o Governo do Amazonas.

No local, os sorteados deverão apresentar um documento original com foto e a carteira de vacinação para retirar o bilhete. As pessoas que receberam a segunda dose menos de 15 dias antes da realização do jogo, ou seja, a partir do dia 29 de setembro, passarão por triagem com teste feito pelas equipes da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

O teste para quem tomou a dose de reforço menos de 15 dias antes da partida faz parte dos protocolos sanitários definidos pelo Governo do Amazonas e CBF. Terá acesso ao estádio apenas as pessoas cujos testes forem negativos para a doença.

O ingresso adquirido para a partida de futebol é individual e intransferível. O jogo entre Brasil e Uruguai é válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo Fifa Catar 2022 e contará com a presença de 14 mil torcedores. Será a primeira partida da seleção, em terras brasileiras, com a presença de público desde o início da pandemia de Covid-19.

A lista de contemplados está disponível aqui ou no site www.vacinapremiada.am.gov.br.

Com informações da Secom

Trabalhadores do jogo entre Brasil e Uruguai, em Manaus, passam por testagem de Covid-19

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FVS-RCP vai atender, hoje (12), 500 pessoas que prestarão serviços na partida e outras 500 na quarta-feira

O Governo do Amazonas deu início, na manhã desta terça-feira (12), aos testes de Covid-19 para aproximadamente mil pessoas que trabalharão na partida entre Brasil e Uruguai, nesta quinta-feira (14), válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no Catar. O atendimento iniciou às 9h e segue até às 16h, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. A testagem continua amanhã (13), no mesmo horário e local.

O jogo acontecerá na Arena da Amazônia e o Estado tem realizado todos os protocolos sanitários para garantir o sucesso do evento esportivo, que contará com 14 mil torcedores. O protocolo sanitário adotado para a partida foi elaborado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

De acordo com o epidemiologista Alexsandro Melo, atuante na coordenação desta ação de testagem, a realização do exame é fundamental para garantir a segurança de todos os envolvidos. A expectativa é atender 500 pessoas neste primeiro dia e outras 500 na quarta-feira.

“Nós fizemos alguns eventos testes e, nesses eventos, todos eles tiveram que realizar o exame. Todas as pessoas envolvidas no jogo na Arena, tanto servidores do Estado, município e federais, terão que ser submetidos ao teste. Nós também estamos verificando a situação vacinal”, ressaltou o epidemiologista.

Para Elilson Nascimento, que irá trabalhar na equipe de segurança do jogo, fazer o teste é a garantia de estar participando de um evento seguro para trabalhadores, torcedores e jogadores.

“Eu creio que os funcionários envolvidos nisso vão trabalhar mais tranquilos e o público também, sabendo que todos estão imunizados e fizeram o teste e deu negativo”, pontuou.

Momento histórico

O jogo de quinta-feira (14) entre Brasil e Uruguai, na Arena da Amazônia, marca um momento histórico. Esta será a primeira vez que uma partida contará com público desde o início das medidas restritivas, adotadas para o controle da disseminação do coronavírus.

O Governo do Amazonas tem atuado para garantir a proteção sanitária de todos os envolvidos no evento com a realização de testes, checagem da carteira de vacinação, além do uso de máscara e álcool em gel, fundamentais neste momento de retomada das atividades esportivas.

Com informações da Secom

Golpes de estelionatários crescem e prejudicam aposentados, diz INSS

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Maioria dos crimes ocorre por ligação telefônica aos segurados ou envio de mensagens por e-mail

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alerta para alguns tipos de golpe contra aposentados e pensionistas. Essa prática se tornou comum nos últimos anos em várias regiões do país.

A maioria das situações ocorre por meio de ligação telefônica aos segurados ou envio de mensagens por e-mail. Além de dados pessoais, os estelionatários também pedem a transferência de dinheiro para a liberação de supostos benefícios.

Segundo o INSS, em um desses golpes os criminosos têm se passado por integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) visando pedir a transferência de dinheiro para liberar supostos valores de benefícios atrasados.

Eles ligam para o segurado argumentando que ele teria direito a receber valores atrasados de valores pagos pela Previdência Social. Para a liberação do dinheiro, é solicitado que os segurados informem dados pessoais, além de efetuar o depósito de determinada quantia em uma conta bancária.

Falsa revisão de benefício

Outra prática fraudulenta aplicada é a da falsa revisão de benefício. Nesse tipo de golpe, os estelionatários abordam os segurados e afirmam que teriam direito a receber valores referentes a uma falsa revisão de benefícios concedidos em governos anteriores. Também é solicitada a transferência de dinheiro para outra conta para a revisão fraudulenta.

Segundo a Previdência, todas as revisões de benefícios são baseadas na legislação e os segurados não precisam fazer nenhum pagamento para ter direito.

Outro tipo de situação é a da falsa auditoria geral da Previdência. Nessa modalidade, os criminosos enviam documentos a segurados convocando para uma Chamada para Resgate.

“Segundo o documento, os segurados teriam direito a resgaste de valores devidos a participantes de carteiras de pecúlio que teriam sido descontados da folha de pagamento como aposentadoria complementar”, informou a Previdência Social.

Acrescentou que ela não pede dados pessoais dos seus segurados por e-mail ou telefone e alerta para que ninguém disponibilize esse tipo de informação. O INSS esclareceu que não realiza nenhuma forma de cobrança para prestar o atendimento, nem serviços.

Ainda de acordo com a Previdência, a principal recomendação para os segurados é que não forneçam dados pessoais, não utilizem intermediários para entrar em contato com a Previdência e, em hipótese alguma, depositem qualquer quantia para ter direito a algum benefício previdenciário.

Caso a pessoa tenha sido vítima de algum tipo de golpe, deve procurar a Ouvidoria e também registrar boletim de ocorrência numa delegacia da polícia civil.

Com informações da Agência Brasil

Brasil registra queda histórica na taxa de transmissão da Covid-19

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País apresentou, nesta terça-feira (12), o menor índice de Rt desde abril do ano passado, informa Imperial College

A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil caiu para 0,60, menor índice desde abril de 2020, quando começou a ser medida. A informação é do levantamento do Imperial College de Londres, atualizado nesta terça-feira (12). O índice reverte a tendência de alta observada há duas semanas, quando chegou a 1,04, o mais alto desde 22 de junho.

O Rt atual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 60 pessoas. Quando está abaixo de 1, a taxa de contágio indica que a propagação do vírus está em declínio. Dentro da margem de erro calculada pela universidade britânica, o índice brasileiro atual pode variar de 0,24 a 0,79.

A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhá-la por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus.

Por ser uma média nacional, o Rt também não indica que a doença esteja avançando ou retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, estados e regiões do Brasil. Além disso, a universidade britânica afirma que a precisão das projeções varia de acordo com a qualidade da vigilância e dos relatórios de cada país.

O Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 1.600 mortes pela Covid-19 nesta semana, uma redução em relação à anterior, quando foram contabilizados 1.636.

Com informações do jornal O Globo

Ações para o clima na COP26 podem salvar milhões de vidas, diz OMS

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Cerca de 13,7 milhões de mortes por ano (24,3% do total global) aconteceram por conta de riscos ambientais

A Organização Mundial da Saúde e cerca de três quartos dos profissionais de Saúde do mundo pediram ontem (11) que os governos adotem mais ações pelo clima na conferência global climática COP26, apontando que isso pode salvar milhões de vidas ao ano.

O relatório da agência sanitária da ONU sobre mudanças climáticas e os pedidos da área por ações transformadoras em todos os setores, incluindo energia, transporte e finanças, aponta que os benefícios de ações ambiciosas em relação ao clima superam de longe seus custos.

“A queima de combustíveis fósseis está nos matando. As mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade enfrenta”, afirmou a OMS.

A OMS disse anteriormente que cerca de 13,7 milhões de mortes por ano, ou cerca de 24,3% do total global, aconteceram por conta de riscos ambientais como a poluição do ar e a exposição a químicos.

Não está claro exatamente quantos dessas mortes estão diretamente ligados às mudanças climáticas, embora a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, tenha dito que cerca de 80% das mortes por conta da poluição do ar poderiam ter sido prevenidas se suas orientações fossem cumpridas.

As mudanças climáticas também impulsionam algumas doenças infecciosas como a dengue e a malária, causando mortes em algumas das regiões mais pobres do planeta, segundo Diarmid Campbell-Lendrum, diretor da unidade de Mudanças Climáticas da OMS.

“Nossa saúde não é negociável: estamos indo para negociações sobre o clima, estamos negociando muitas coisas, mas a vida de uma só criança, seja ela perdida para a poluição do ar ou para as mudanças climáticas, não é algo que deveria estar na mesa”, disse.

Com informações da Agência Brasil

Whindersson acusado por internautas de faltar com respeito em live com padre

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Padre Patrick falava enquanto humorista ficou trocando de filtro do Instagram para aparecer no ao vivo e internautas interpretaram comportamento como desrespeitoso.


Uma live feita no último fim de semana, do padre Patrick com Juliette e Whindersson Nunes, tá dando o que falar nas redes sociais. Os comentários acusam o humorista de ter sido desrespeitoso com o religioso.

No vídeo, o padre falava sobre uma avaliação particular sobre honestidade e bondade. Ao mesmo tempo, Whindersson trocava de filtros no Instagram e aparecendo com cara de criança, nariz grande e rosto desfigurado.

Posts na internet repercutiram o episódio, internautas reprovaram o comportamento de Whindersson.

Jogos Universitários Brasileiros começam no DF

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Evento deve reunir 4,5 mil participantes de 400 instituições de ensino

Agência Brasil – A 68ª edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) foi aberta nesta segunda-feira (11) em Brasília. O evento volta a ocorrer na capital federal após 15 anos. A competição deve receber cerca de 4,5 mil participantes até o dia 18 de outubro, entre atletas, comissões técnicas, árbitros e voluntários.

A competição reúne atletas de 400 instituições de ensino do país. As disputas estão divididas em três categorias: esportes convencionais (atletismo, natação, futsal, judô e xadrez, entre outras),  paradesportivas e  jogos eletrônicos (Fifa, pôquer, Free Fire e outros).

A expectativa é que o evento movimente a economia local, deixando cerca de R$ 12 milhões em Brasília. Por conta da pandemia de covid-19, as competições não contarão com a presença de público nos 17 locais de provas espalhados pela capital federal. 

Por Rodrigo Ricardo – Repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro

Dia das Crianças: o que elas esperam do futuro pós-pandemia

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Especialista recomenda que momento é para focar em atividades lúdicas

Agência Brasil – As estudantes Letícia, de 8 anos de idade, e Maitê, de 7 anos, estudam na mesma sala do 2º ano do ensino fundamental de uma escola da zona leste de São Paulo. Elas estão entre as milhares de crianças que enfrentaram o primeiro ano da pandemia com aulas online e afastadas de parentes e amigos da escola.

Este ano, elas voltaram a estudar presencialmente, mas ainda não é como antes, conta a Maitê Bellentani Bento. “Não pode abraçar, nem dar as mãos para fazer aquela brincadeira de ficar girando”.

Maitê voltou às aulas em agosto, depois de muito insistir com a mãe. “Meu primeiro dia foi bem legal. Quando cheguei me cumprimentaram com alegria. Porque quando eu fazia aula online, eu ficava implorando para minha mãe deixar eu voltar para a escola. Aí, ela me deu uma oportunidade e eu fui para a escola”, disse entusiasmada.

Mesmo com a volta à escola, algumas atividades ainda estão restritas, o que deixa Maitê entristecida. “Já faz dois anos que meus amigos não vêm nos meus aniversários, também tenho saudade de sair com meus primos e saudade das minhas amigas aqui na minha casa”.

Letícia Oliveira de Paula também sente falta de uma festa. “Não pode fazer festa, não pode chamar meus amigos aqui em casa”, lamenta. Da escola, ela sentiu saudade de conversar com os amigos, de perto, “e sentir que eles estão lá!”. Ela voltou às aulas presenciais em fevereiro, quando foi autorizado o retorno com 35% dos alunos por dia nas salas de aula.

As meninas relembram o início do isolamento social. “Eu não gostei porque não podia ver meus primos, ir na quadra e na piscina. A única coisa legal era quando eu ligava de vídeo para minhas amigas e a gente brincava de boneca [online]”, conta Maitê.

“O isolamento foi difícil, fazer aula online não é muito legal, porque na escola tem a professora para ver a gente e também não fica travando!”, disse Letícia em tom de brincadeira. Mas, mesmo indo às aulas e seguindo os protocolos sanitários, tem uma coisa que Letícia sente vontade, e quer fazer quando puder. “Tirar a máscara, é o que eu mais tenho vontade!”.

Vacina
Apesar do medo de ficar com o “braço doendo”, a estudante Letícia não vê a hora de se proteger com a vacina contra a covid 19. “Tenho medo de meu braço ficar mole como uma slime [massinha de modelar caseira], mas também estou ansiosa porque vou estar protegida da covid!”.

Maitê também diz que quer logo tomar a vacina e sabe muito bem porque é necessária. “Quero tomar logo, porque quanto mais gente for tomando, mais essa covid vai embora. Tchau, tchau, covidinha!!!”, brinca a menina.

Um mundo melhor
Para essas meninas, o mundo pós-pandemia será melhor e mais feliz. “As pessoas vão poder sair e viajar juntas, fazer encontros, abraçar umas às outras, tomar sorvete juntas, ir nos aniversários uma das outras, brincar juntos. E sem usar as máscaras. O mundo vai ser assim, mais feliz!”, disse Maitê.

Letícia torce por um mundo diferente quando acabar a pandemia. “Estará bem melhor, porque todo mundo vai poder se ver, falar sem máscara, e vai poder se abraçar, falar pertinho, isso também vai ser melhor”. E completa, “acho que o mundo vai ficar melhor, porque vai ter a lição que a pandemia aconteceu, e as pessoas não vão mais ficar tossindo em cima das outras, vai tentar não ter muita aglomeração e ficará essa lição de que não foi legal e não vai querer ter uma pandemia de novo”.

Apesar de todos os pontos negativos da pandemia, uma lembrança boa ficará na memória da Letícia. “Vou lembrar de ficar mais perto da minha mãe. Eu ficava na na aula online, no escritório com ela”.

E quando for decretado o fim da pandemia, Letícia diz que quer abraçar tanta gente que nem sabe quem será a primeira. “Mas eu queria muito poder abraçar as minhas amigas da escola! Também estou com muita saudade de ficar viajando para os lugares”.

Retomada das atividades
O que essas duas crianças descrevem mostra a esperança em um futuro pós-pandemia e que aos poucos as atividades estão sendo retomadas, mas ainda é preciso ir devagar com o retorno às atividades coletivas, e ser feita respeitando a individualidade e a característica de cada criança, orienta a psicóloga e psicoterapeuta positiva Luciana Deutscher.

“Os pais podem ajudá-las conversando antes para saber como ela se sente com essa volta, com esse retorno para escola, com essa nova socialização, e como é que eles se sentem revendo os amigos. Por menor que a criança seja, se você explicar, conversar com ela na linguagem dela, ela sempre vai entender. Temos uma questão cultural, às vezes, de não conversar com as crianças, mas o diálogo e a conversa são sempre a melhor alternativa”, orienta a psicóloga.

Mesmo que a criança apresente esta vontade de tirar logo a máscara, como a Letícia se manifestou, é preciso explicar para a criança que ainda é preciso continuar com os cuidados como o uso do álcool gel e da máscara. “Mas que ela vai poder estar no mesmo lugar que a professora, com os amigos, e que vai poder voltar a visitar a casa dos avós”, disse Luciana Deutscher.

Atividades lúdicas
O desenvolvimento cognitivo na infância exige atividades lúdicas, em grupo e com contato. A pandemia interrompeu esse processo, prejudicando o progresso de grande parte das crianças. Além disso, a alta exposição às telas pode ter causado dependência. Para mudar esse cenário, a psicóloga defende que as escolas deveriam aproveitar o momento para focar nas atividades lúdicas.

“Vejo no meu consultório os pais reclamando que as escolas estão dando muita importância ainda para a questão do conteúdo e muito pouco para essa questão de lazer das crianças e mesmo dos maiores. Principalmente as crianças pequenas reclamam que não querem ir para a escola porque não podem fazer nada, não podem brincar, e tudo é realizado dentro da sala de aula, sem atividades externas por conta da pandemia, quando na verdade sabemos que basta ter criatividade e paciência!”, disse Luciana.

Para a especialista, é preciso dosar as atividades na escola, em casa, com os primos e amigos que respeitem os protocolos sanitários. “Devemos inserir o lúdico no meio disso tudo! E nisso eu percebo que as escolas estão ligando muito mais para o conteúdo do que para a diversão e lazer, e isso, na minha percepção, é muito errado! Agora não devia ser uma época para encher criança pequena de lição de casa, de tarefa, e manter dentro da sala o tempo inteiro. Devia ser uma época onde deveríamos estar em ambientes externos, com uma roda com distanciamento, onde faríamos atividades a mais com lazer durante o dia para poder trabalhar com a ansiedade das crianças”.

Novo normal
O “novo normal” traz junto atividades que foram necessárias durante o isolamento social, como o uso de telas pelas crianças. E para chamar a atenção das crianças para outras atividades, é preciso explicar aos pequenos e incentivá-los, aconselha a psicóloga.

“Para as crianças que são muito dependentes das telas de celular e computador, é necessário regrar essa convivência. Agora é explicar que voltamos às atividades na escola, que as coisas estão voltando para o presencial, que, se antes ela podia ficar mais tempo no videogame, porque ela não tinha todas as atividades, agora ela está retomando as essas atividades e precisa planejar o tempo. E se se deu essa liberdade durante a pandemia, foi para ela poder conversar com os colegas online, e que ela ficou mais à frente da tevê, porque ela não tinha esse espaço fora e até porque a mãe e o pai precisavam trabalhar dentro de casa”, explica a psicóloga.

O momento foi de adaptação das atividades escolares com as atividades profissionais dos pais, acrescenta a psicóloga, que é criadora do Protocolo de Apoio Psicológico Pós-Covid específico, tendo acompanhado mais de 250 pacientes pós-covid 19.

“A gente nem sempre faz tudo que gostaríamos de fazer, precisamos ser flexíveis e principalmente nos adaptarmos a essa flexibilidade, e essa adaptação ainda vai continuar. O corte não pode ser dado repentinamente, com essa retomada do convívio social. Então, por isso, é fundamental o diálogo. As crianças entendem conforme vamos explicando e conforme vamos repetindo”, disse Luciana Deutscher.

Assim como citaram as meninas Letícia e Maitê, a especialista acredita que o que as crianças mais querem fazer quando a pandemia for contida, é mesmo poder se abraçar com liberdade e conviver socialmente.

“Acredito que também os maiores anseios é quando essa pandemia for contida vai ser de poder abraçar, beijar, de não ter essa liberdade tolhida do convívio social. Poder fazer uma festa de aniversário com mais gente, como a gente fazia antigamente, poder ir ao cinema, ao teatro, pode mesmo conviver mais socialmente. Eu acho que o que as crianças pedem por esse futuro pós-pandemia, que não está tão longe”, disse.

Neste Dia das Crianças, Letícia, Maitê e tantas outras crianças ainda não poderão se abraçar longamente e brincar como antes da pandemia. Mas, Maitê espera que isso aconteça logo. “Vamos brincar juntos, sem usar as máscaras. O mundo vai ser assim, mais feliz!”.

Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Rio de Janeiro comemora os 90 anos do Cristo Redentor

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Monumento de 38 metros de altura fica no alto do Morro do Corcovado

Agência Brasil – Eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor completa 90 anos como a imagem mais famosa do Brasil. Em 1926, começou a construção do monumento de 38 metros de altura no alto do Morro do Corcovado, a 710 metros do nível do mar. Demorou cinco anos para ficar pronto e foi inaugurado em 12 de outubro de 1931.

O dia do aniversário de um dos principais cartões postais do país começa hoje (12) às 7h15, com o Ato Cívico Religioso e a Santa Missa em Ação de Graças pelos 90 Anos do Cristo Redentor e em honra a Nossa Senhora Aparecida. No evento, que terá a presença de autoridades públicas e religiosas, haverá o lançamento da Medalha Comemorativa dos 90 Anos do Cristo Redentor e do Bloco Postal Especial em Homenagem ao Monumento do Cristo Redentor.

A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira, fará uma apresentação sobrevoando o monumento. A Banda do Corpo de Fuzileiros Navais participará musicalmente do evento. 

Toda a cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal oficial do Santuário Cristo Redentor no YouTube.

O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, destaca que o monumento é o “garoto propaganda” do país.” É impossível pensar o Brasil no exterior sem que a gente reporte o nosso olhar e a nossa lembrança para esse precioso monumento no alto do Corcovado”, diz. “O Cristo Redentor nos passa a sensação de que parece que foi esculpido na colina da montanha do Corcovado. Isso é tão maravilhoso. Imaginem o que seria do Rio de Janeiro se não fosse o Cristo Redentor?”

Ele lembra que a estátua interage perfeitamente com a natureza ao redor, o Parque Nacional da Tijuca, e traz uma experiência a partir dos braços abertos. “Esses braços comunicam acolhimento e identificam ainda mais o coração do povo brasileiro, que é um coração acolhedor, que também possui braços fortes para trabalho, cheio de energia pra gente poder desenvolver essa nação tão querida”.

Restauração

A qualidade da obra impressiona a arquiteta e escultora Cristina Ventura, coordenadora da mais recente restauração do Cristo. “É uma qualidade que chama a atenção nos dias de hoje. Isso que é o mais espantoso. Você hoje não encontra estruturas muito mais recentes com a qualidade que foi feita nessa obra”, diz Cristina.

“Não tem nenhuma construção nesses moldes, nesse período, com essa audácia que foi o Cristo. Um outro marco é que o Cristo é a maior escultura art déco do mundo”, acrescenta.

A arquiteta lembra que não só engenheiros e arquitetos envolvidos no projeto foram audaciosos mas também os operários sem equipamento de proteção individual pendurados em andaimes sobre um precipício de mais de 700 metros de altura. “Eu fico imaginando isso quando nós, da equipe, fazemos as coisas com tanto amor, imagina para eles que estava construindo o Cristo Redentor. Que tipo de compromisso que essa galera não tinha aqui, sabe?”, pondera Cristina.

A arquiteta Cristina Ventura no Cristo Redentor
A arquiteta Cristina Ventura no Cristo Redentor – Tânia Rego – Agência Brasil

Para o aniversário de 90 anos, foram feitos reparos emergenciais em partes que haviam sido danificadas pelas intempéries: trechos do manto, dedo direito e parte frontal da cabeça. Além disso, como parte da manutenção preventiva, o Cristo ganhou um equipamento para medir os ventos que atingem a estátua e também um para-raios reforçado.

Cristo da Bola

Esse projeto audacioso feito de concreto armado e pedra sabão foi financiado por doações da população brasileira. Em 1921, nos preparativos para as comemorações do centenário da Independência do Brasil, um grupo católico promoveu concurso para uma estátua em homenagem a Jesus Cristo. O vencedor foi o arquiteto e engenheiro Heitor da Silva Costa, que liderou o projeto, da concepção até a inauguração da obra, em 12 de outubro de 1931.

O projeto inicial, que tinha a imagem de Cristo segurando uma cruz na mão esquerda e o globo, na mão direita, foi apelidado de Cristo da Bola pelos cariocas.

O teólogo Alexandre Pinheiro, coordenador do Núcleo de Acervo e Memória do Santuário Cristo Redentor, conta que não foi fácil na época conseguir a autorização do governo republicano para a obra. Um abaixo-assinado de 20 mil mulheres, lideradas pela escritora Laurita Lacerda, ajudou a vencer a resistência do então presidente Epitácio Pessoa.

A documentarista Bel Noronha, que é bisneta de Heitor da Silva Costa, conta que muita gente chegou a acreditar num mito de que o Cristo teria sido um presente da França para o Brasil pelo fato de a Estátua da Liberdade, em Nova York, ser um presente do governo francês para os norte-americanos. E também porque franceses trabalharam no projeto do Cristo.

Mas foi a arquidiocese do Rio de Janeiro que organizou campanhas de arrecadação de fundos que mobilizou não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil. Toda a construção do Cristo foi financiada com o dinheiro das doações dos brasileiros.

Os desenhos do projeto de Heitor da Silva Costa foram feitos pelo pintor Carlos Oswald. E Heitor buscou parcerias na França para a obra. Para fazer os cálculos estruturais, contratou o engenheiro Alberto Caquot e para fazer a estátua, o escultor franco-polonês Paul Landowski, grande expoente do movimento art déco. Landowski fez uma maquete e a escultura em tamanho real da cabeça e das mãos do monumento, cujos moldes em gesso foram enviados ao Brasil em partes numeradas.

A escultura foi reproduzida em concreto armado e revestida em pedra-sabão. Grupos de mulheres se reuniam na casa paroquial para fazer os mosaicos que eram posteriormente aplicados na estátua. Muitas escreveram os nomes dos entes queridos no verso dos triângulos de pedra-sabão.

Além de ser retratado na arte brasileira, como na música Samba do Avião de Tom Jobim, visitas ilustres como o papa João Paulo II, o líder espiritual Dalai Lama, a princesa Diana e príncipe Charles e o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com sua família, já estiveram no alto do Corcovado.

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil* – Rio de Janeiro

*Com informações da TV Brasil