A polícia de Manaus efetuou a prisão de Elielson da Silva Campos, 24 anos; Luzilene Marques Alburquerque, 39 anos; e Sulivan Ferreira Maia, 46 anos, por suposto envolvimento na morte de Edy Claúdia Oliveira Alves, 41 anos, proprietária de uma choperia no bairro Presidente Vargas, zona sul de Manaus. As investigações apontaram que o crime foi encomendado por Sulivan, que era o marido da vítima, revelando um desdobramento surpreendente no caso inicialmente tratado como latrocínio.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Elielson da Silva é considerado o executor da empresária, enquanto Luzilene Marques mantinha um caso extraconjugal com Sulivan, apontado como o mandante do crime. A polícia descobriu que o feminicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2023, no bairro Presidente Vargas, e foi inicialmente tratado como latrocínio. Thomaz Vasconcelos Dia, títular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), deu detalhes do caso.
“Após a identificação do atirador, concluímos que ele cometeu o crime dissimulando um roubo seguido de morte, entretanto o seu intuito principal seria executar a Edy Claúdia, a mando de seu marido. Ele pagou R$ 10 mil para que a mulher fosse executada, inclusive de forma muito cruel, às vésperas do final de ano, na presença da filha, da sobrinha e de um neto, colocando, também, em risco a vida dos demais”, contou.
Em depoimento, Elielson contou que a arma deu pane na primeira tentativa de atirar em Edy. Quando ele percebeu que a mulher sobreviveu ao primeiro tiro, disparou mais duas vezes, e só resolveu ir embora quando viu que ela estava agonizando.
“Em seguida, ele rouba 500 reais que a vítima havia jogado no chão no momento da abordagem e foge. Em 15 dias de investigação, conseguimos constatar que o crime teria participação de três pessoas: o autor, que responde por roubo majorado em regime semiaberto; a amante de Sulivan e o marido da vítima”, contou.
O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, parabenizou o trabalho de investigação e explicou que, após apurações, foi descoberto que o crime era um feminicídio encomendado pelo companheiro da vítima. O executor, Elielson, confessou detalhes do crime, revelando que disparou três tiros após a arma falhar inicialmente. O marido, Sulivan, justificou o crime alegando o processo de separação e a negativa em dividir os bens com a esposa.
Elielson, Luzilene e Sulivan foram presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva. As investigações continuam para esclarecer outros aspectos, como a participação de Luzilene na transação do valor de R$ 10 mil destinado ao executor do crime.