O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com aliados próximos na sede do Partido Liberal em Brasília, logo após a operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (3), que realizou busca e apreensão em sua casa e prendeu seus ex-assessores. A defesa do ex-presidente pediu acesso aos autos e informou que, assim que eles forem disponibilizados e analisados, Bolsonaro prestará suas declarações. O ex-ministro Fábio Wajngarten, atual advogado de Bolsonaro, afirmou nas redes sociais que a defesa foi à sede da Polícia Federal em busca de informações. No momento, o ex-presidente foi orientado a ficar em silêncio em um eventual depoimento à PF, segundo informou Paulo Cunha Bueno, outro advogado de Bolsonaro.
Fontes da Polícia Federal afirmaram que Bolsonaro se recusou a prestar depoimento nesta quarta-feira, após apreenderem seu celular e convidá-lo para prestar esclarecimentos sobre as acusações de suposta fraude em seu cartão de vacinação. Depois do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília, Bolsonaro foi para a sede do PL acompanhado de seus advogados e outros aliados de seu núcleo político. A reunião serviu para decidir qual será a nova linha de defesa do ex-presidente.
Integrantes do núcleo próximo de Bolsonaro que estão na sede do PL acreditam que ele deveria rever sua decisão e prestar esclarecimentos à PF sobre a situação. O argumento é que não há crime e que a acusação possui menor poder ofensivo. Porém, a ideia é que a acusação imputada contra o ex-presidente seria fraca e sua ida à PF poderia tornar a situação ainda mais emblemática, mostrando Bolsonaro como perseguido pelas autoridades investigativas do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: CNN Brasil
