O ministro da Justiça, Flavio Dino, afirmou que caso o ex-ministro bolsonarista Anderson Torres não se apresente à Justiça brasileira até a próxima segunda-feira (16/01), o ministério da Justiça vai adotar as medidas legais de extradição.
“Anderson Torres disse que iria se apresentar, ainda não tivemos essa apresentação dele (às autoridades). Vamos aguardar que essa apresentação ocorra, nós desejamos que ela ocorra, porque isso vai possibilitar o andamento das apurações. Caso, na próxima semana essa apresentação não se confirme, é claro que, por intermédio dos mecanismos de cooperação internacional, nós vamos deflagar os procedimentos voltados a realização da extradição, uma vez que há uma ordem de prisão expedida”, declarou Flavio Dino em entrevista coletiva no Ministério da Justiça.
Anderson Torres afirmou na última terça-feira (10/01), que deve retornar ao Brasil para se apresentar às autoridades, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado sua prisão preventiva.
Até o momento, Anderson Torres não é considerado foragido da Justiça.
Torres reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava no Brasil no domingo (08/01), quando manifestantes bolsonaristas atacaram os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto.
A declaração de Flávio Dino sobre uma possível extradição de Torres, ocorre um dia após a revelação de que uma minuta de decreto que permitiria Jair Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE, foi encontrada na casa do ex-ministro
