Ex-prefeito é alvo da PF por fraude em cartão de vacina de Bolsonaro

0
90
Foto: Adriano Machado/Reuters

Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) e secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, foi um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) iniciada nesta quinta-feira, 4 de agosto, que investiga supostas fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A segunda etapa da Operação Venire resultou na prisão de seis suspeitos em maio de 2023; em março deste ano, Bolsonaro foi indiciado. Além disso, foram emitidos dezesseis mandados de busca e apreensão em locais em Brasília e no Rio de Janeiro durante o evento.

O inquérito da PF descobriu que a cidade de Duque de Caxias foi o local de origem da falsificação de registros de aplicação de vacina contra covid-19 no ex-presidente. O Estadão/Broadcast divulgou que as investigações foram iniciadas pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A PF afirma que a falsificação tinha como objetivo descumprir as regras de saúde durante a pandemia de COVID-19 para evitar problemas para Bolsonaro entrar nos Estados Unidos no fim de 2022, país que exigia a imunização de estrangeiros. Bolsonaro foi para lá após perder as eleições presidenciais.

Na primeira fase, um dos presos foi o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Ele assinou um acordo de delação premiada e foi liberado em 9 de setembro. As informações que ele forneceu contribuíram para a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado, que também envolve Bolsonaro. Dentro do Palácio da Alvorada, Cid imprimiu a carteira de vacinação falsa do ex-presidente, segundo os investigadores.

Após uma tentativa inicial de fraude que foi frustrada, Cid solicitou um novo cartão de vacinação ao ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, que o entregou ao Duque de Caxias. As informações inseridas indicam que o então presidente visitou a cidade fluminense nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022 para receber a vacina Pfizer. No entanto, não foi confirmado que Bolsonaro tenha se dirigido à cidade fluminense nas datas indicadas, de acordo com as investigações.

Seis dias depois, Claudia Helena Acosta, chefe da Central de Vacinas da cidade, removeu os dados inseridos por Sousa Brecha por causa de um “erro”. Por outro lado, já haviam sido impressos comprovantes de vacinação contendo informações falsas, que foram entregues às autoridades de imigração dos Estados Unidos nesse momento.

A Operação Venire começou com a prisão de Sousa Brecha. Na segunda etapa, também foi alvo Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde do município.

Deixa uma resposta

Por favor, deixe o seu comentário:
Por favor, digite seu nome