Nesta terça-feira (16/7) o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve interrogar o deputado federal Chiquinho (Sem partido-RJ) e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). No processo que pode resultar na cassação de Chiquinho Brazão, os irmãos serão ouvidos.
A Polícia Federal (PF) afirma que os irmãos Brazão são responsáveis pela execução do motorista Anderson Gomes e da vereadora Marielle Franco (PSol). Nessa segunda-feira, 15 de julho, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), que também é suspeito de envolvimento em crimes, prestou depoimento ao Conselho de Ética.
Em março deste ano, a PF prendeu Chiquinho, Domingos e Rivaldo Barbosa. Os três foram enviados para prisão federal.
A bancada do PSol na Câmara dos Deputados pediu a cassação de Chiquinho Brazão por quebra de decoro parlamentar após sua prisão.
Chiquinho nega as denúncias. O advogado do parlamentar, Cleber Lopes, argumenta que o Código de Ética da Casa Legislativa não seria aplicável porque o crime ocorreu antes do mandato de Brazão na Câmara. Assista ao vídeo.
Rivaldo Barbosa negou qualquer participação na execução e disse aos deputados que nunca se comunicou com os irmãos Brazão. Um dia antes da morte da vereadora, o delegado assumiu o comando da Polícia Civil do Rio.
“Desde o dia 31 de maio de 1969, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Nem falei algo pessoal, profissional, ou pessoal. Na minha vida, eu nunca falei com eles. Eu não existo para eles. E eles não existem para mim, com o respeito que eu tenho ao ser humano”, ressaltou.
A PF sugeriu que a grilagem de terras na zona oeste carioca pode ter sido a causa da morte da vereadora. Os investigadores descobriram que o vereador Chiquinho Brazão, na época do crime, tinha interesses na região.
