Lula virá a Manaus debater soluções para estiagem no AM

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Foto: Reuters / BBC News Brasil

Na última quinta-feira, 5, foi divulgado o anúncio do ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está programado para realizar uma visita a Manaus na próxima semana com o objetivo de abordar a intensa estiagem que afeta o estado do Amazonas. O presidente e os prefeitos dos 62 municípios do Amazonas que estão em estado de emergência devido à seca serão reunidos em um encontro que ainda não tem data marcada.

Ao visitar Manaus, Padilha participou do encerramento do Workshop de Inovação e Pesquisa na Amazônia no CBA. Mais de setenta representantes da sociedade civil e da gestão federal participaram do evento, que discutiu questões importantes para a região amazônica.

“A visita do presidente Lula tem o objetivo de acompanhar de perto as ações do governo federal e discutir com os municípios se são necessárias novas medidas para enfrentar a seca”, afirmou Padilha. O encontro com os prefeitos deve ocorrer no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), onde serão debatidas estratégias para mitigar os impactos da estiagem.

No mesmo dia, o ministro se reuniu com a bancada federal do Amazonas no Congresso, além do presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa, que também é prefeito de Rio Preto da Eva. Na reunião, foram discutidas as ações já implementadas pelo governo, como a dragagem de rios, com um investimento de R$ 90 milhões, e o suporte da Defesa Civil.

De acordo com o Boletim Estiagem 2024, mais de 300 mil pessoas estão diretamente afetadas pela seca no Amazonas. Padilha revelou que, em resposta a um pedido do prefeito Anderson Sousa, o governo está considerando um aporte emergencial semelhante ao de 2023, quando foram destinados R$ 700 milhões para saúde e assistência social.

Durante o workshop no CBA, Padilha recebeu um documento com 15 critérios orientadores para a elaboração de um plano de inovação e pesquisa voltado para a Amazônia. O documento, entregue após dois dias de debates, enfatiza a importância de projetos que beneficiem diretamente as comunidades locais e o desenvolvimento sustentável da região.

Entre os critérios destacados estão a avaliação do impacto dos projetos para as comunidades amazônicas, o alinhamento com as prioridades do Estado brasileiro, a valorização da governança regional e o estímulo à bioeconomia. Além disso, o documento sugere a inclusão de profissionais da região em pesquisas e o fortalecimento da infraestrutura científica local.

A subsecretária para a Amazônia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Tanara Lauschner, destacou a importância da participação local nas discussões sobre políticas para a região. “Qualquer política para a Amazônia deve ser discutida com as pessoas daqui”, ressaltou Lauschner.

Para combater a seca e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, é esperado que a visita do presidente Lula e as conversas resultem em medidas concretas que alinhem ações imediatas com planos de longo prazo para a região.

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