Nunca antes na história do Amazonas Institutos de Pesquisa apresentaram dados tão conflitantes quanto os que têm sido apresentados nos últimos meses no Estado. Levantamentos que usam métodos nada convencionais, como consultas via internet – que está mais para enquete – têm sido registrados e não contestados nem pelo Ministério Público Federal, nem pela Justiça Eleitoral.
A situação é tão estranha que há Instituto associado a site de notícias que presta serviço a candidato a prefeito divulgando pesquisas sem a menos isenção, que colocam em posição privilegiada o aliado.
Nos bastidores é corrente a informação de que os candidatos a prefeito estão usando empresas “laranjas” para contratar pesquisas, que são registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) e divulgadas.
A postura da corte eleitoral sobre as pesquisas também têm sido muito estranha. Juízes estão concedendo liminares a partidos para tirar do ar pesquisas realizadas por Institutos tradicionais, sob os argumentos mais estapafúrdios, enquanto outros que sequer detalham a metodologia usada têm seus levantamentos intocados.
O Barelândia teve acesso a duas pesquisas encomendadas por duas coligações para consumo interno. Os números são absolutamente idênticos e totalmente diferentes daqueles divulgados pela maioria dos Institutos até aqui. Eles mostram uma eleição polarizada entre dois candidatos e com muita dificuldade para que os demais concorrentes se aproximem.
No meio dessa confusão está o cidadão, que não tem acesso a pesquisas reais, aquelas de bastidor que os candidatos usam para balizar seus desempenhos. Quem leu as notícias recentes sobre os números divulgados fica confuso com a diferença gritante de um levantamento para o outro, no mesmo período.
O cidadão comum hoje não pode até já ter a certeza do seu voto, mas não tem a menor ideia de como estejam os números, tamanha a confusão causada pelos últimos levantamentos.
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