A PF (Polícia Federal) comunicou nesta quarta-feira (17) ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, que há indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao fazer associação falsa entre a vacinação contra a Covid-19 e o risco de contrair vírus da Aids.
Além do presidente, a Polícia Federal citou Mauro Cid, ajudante de ordens do presidente, que teria produzido um texto usado por Bolsonaro com informações inverídicas utilizado pelo chefe do Executivo durante uma live onde fez declarações sobre o tema. As informações são do site Folha de São Paulo.
De acordo com relatório da PF no inquérito do caso, assinado pela delegada Lorena Lima Nascimento, Bolsonaro teria disseminado informações falsas em uma live de forma voluntária e consciente.
A delegada afirma ainda que o presidente causou “verdadeiro potencial de provocar alarma junto aos expectadores, ao propagar a desinformação de que os ‘totalmente vacinados contra a Covid-19’ estariam ‘desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto’, e que essa informação teria sido extraída de ‘relatórios do governo do Reino Unido’.”
Em sua live semanal, no dia 21 de outubro de 2021, Bolsonaro leu uma suposta notícia dizendo que “vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]”. Dias depois, Facebook e Instagram derrubaram o vídeo.