Processos enviados à Corte Federal estão sob sigilo e foram divididos para seis ministros; Rosa Weber deve ficar responsável por relatoria de pedidos contra Bolsonaro
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dez pedidos de providências a partir de dados obtidos pela CPI da Pandemia. Os pedidos já constam no sistema do STF e os processos são sigilosos. Os pedidos foram divididos entre os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Nunes Marques, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia.
A ministra Rosa Weber teria ficado com a relatoria de pedidos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo as fontes consultadas pela CNN Brasil.
A PGR é responsável pela análise dos casos envolvendo autoridades com foro privilegiado, como o presidente Jair Bolsonaro e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Também foram incluídos em pedidos de indiciamento no relatório final da CPI deputados federais, senadores e ministros de Estado.
O vice-presidente da CPI da Pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse à CNN não considerar o ideal o modo como o encaminhamento foi feito.
“Nós não temos ainda natureza os pedidos. Sabemos apenas que são providências com base no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito. Não é o ideal, o ideal seria já ter movido a ação penal em relação àqueles que tem foro privilegiado. Mas já tomado de providências e a distribuição para os ministros nos cria uma luz no final do túnel”, afirmou Randolfe.
Com informações da CNN Brasil