Decisão ocorreu devido a um mandado de segurança apresentado por um advogado que é eleitor filiado à sigla
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta terça-feira (24) que o PSDB explique em até 10 dias a realização das prévias eleitorais que visam escolher o pré-candidato do partido à Presidência da República nas eleições 2022.
A decisão ocorreu devido a um mandado de segurança apresentado por Gustavo Futagami da Silva, advogado e eleitor filiado à sigla. Segundo ele, a instabilidade no aplicativo da legenda “ferem direito líquido e certo do filiado de escolher, através do voto, o próximo presidenciável do PSDB”.
Benedito Gonçalves decidiu colher a manifestação do partido antes de julgar a procedência do mandado de segurança impetrado.
A votação foi paralisada no último domingo após uma falha no aplicativo, que impediu a votação de filiados do partido no nome de preferência. Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, João Doria, governador de São Paulo, e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, disputam as prévias do partido.
“Considerando a repercussão do tema e, ainda, as notas veiculadas no sítio eletrônico do Partido da Social Democracia Brasileira desde a data de ontem (23/11/2021) noticiando a suspensão das prévias partidárias até que solucionadas as intercorrências tecnológicas quanto ao processo de votação, entendo prudente que o exame do pedido liminar ocorra após a legenda prestar as informações cabíveis”, destacou o relator.
Nesta quarta-feira, o PSDB disse que realizou testes ao longo da madrugada com um novo aplicativo contratado pelo partido, mas os resultados “não foram totalmente satisfatórios”.
“O PSDB e campanhas já programam testes com nova empresa”, diz a nota. “Outras entidades também já estão contatadas”, concluiu o comunicado.
Questionado na terça-feira (23) sobre o modelo adotado pelo partido para definir um candidato, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, ressaltou que o processo é inovador, mas que foram “vítimas da tecnologia”.
“Tomamos uma medida que foi moderna, foi inovadora. Podíamos ter feito um modelo que podia gerar um nível de participação bem menor, estamos aprendendo com o processo, porque o processo é inovador. Nós fomos vítimas da tecnologia”, destacou.
Com informações da CNN Brasil