O inquérito das joias sauditas, que investiga supostos desvios do acervo presidencial por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ex-assessores, foi retirado do sigilo nesta segunda-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Como os prazos processuais ficam suspensos durante o recesso do Judiciário, o documento foi enviado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem 15 dias para examiná-lo, a partir de primeiro de agosto.
Dentro deste prazo, o tribunal pode solicitar mais provas, arquivar o caso ou acusar os acusados.
No dia 4 passado, Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Veja a lista de indiciados:
- Jair Bolsonaro
- Bento Albuquerque;
- José Roberto Bueno Júnior;
- Julio Cesar Vieira Gomes;
- Marcelo da Silva Vieira;
- Marcos André dos Santos Soeiro;
- Mauro Cesar Barbosa Cid;
- Fabio Wajngarten;
- Frederick Wassef;
- Marcelo Costa Câmara;
- Mauro Cesar Lourena Cid;
- Osmar Crivelatti
Até agora, a investigação revelou que o ex-presidente recebeu três conjuntos de bens. A operação totalizou US$ 1.227.725,12, ou R$ 6.826.151,661, de acordo com a PF.
Nota do PL
O Partido Liberal (PL) vem a público esclarecer que não tem conhecimento sobre qualquer kit de joias que tenha sido supostamente levado à sede do Partido.
Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a ética, e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.
Temos também total confiança na honestidade do Presidente Bolsonaro e estamos certos de que a sua inocência prevalecerá.