Para ganhar tempo enquanto é pressionado por aliados a se posicionar sobre a disputa presidencial no 2º turno, o ex-presidente Michel Temer (MDB) soltou nota, sem citar nomes, nesta quinta-feira (06/10), e disse que “aplaudirá” a candidatura que “defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
Temer, que foi vice de Dilma Rousseff (PT) em duas eleições e substituiu a petista após seu impeachment, em 2016, se aproximou do presidente Jair Bolsonaro ao longo do mandato do candidato à reeleição, mas tem resistido a apoiá-lo abertamente por sofrer pressões contra esse movimento tanto de aliados quanto de familiares.
O MDB optou pela neutralidade na disputa entre Lula e Jair Bolsonaro. A candidata do partido à Presidência, Simone Tebet, que conseguiu quase cinco milhões de votos no 1º turno e ficou em terceiro, com 4,16% da votação total, declarou, na quarta (05/10), apoio aberto a Lula.
“Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade”, disse Tebet, em seu pronunciamento. “Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, completou Simone Tebet.