É possível defender o cérebro do Alzheimer? Uma nova esperança para conter o avanço da doença pode ser representada por uma molécula que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram recentemente. O estudo foi publicado na British Journal of Pharmacology em junho.
Os experimentos envolveram camundongos, que foram divididos em dois grupos. Um deles recebeu apenas uma substância capaz de causar sintomas de Alzheimer, enquanto o outro recebeu a substância e a molécula LASSBio-1911, que tem o potencial de proteger o cérebro contra os efeitos da doença. Após isso, os roedores receberam dois cubos de diferentes cores e uma bola foi colocada no lugar de um deles.
Os testes com os animais mostraram diferenças na memória entre os dois grupos. O primeiro grupo não conseguiu lembrar o que foi apresentado pelo cubo, mas o segundo grupo conseguiu lembrar a troca e reconhecer os objetos.
A ação da molécula nos astrócitos, que são as células estreladas que fornecem sustentação e nutrição aos neurônios, permite que isso aconteça.
O Alzheimer é causado pela acumulação de proteínas que deveriam ser descartadas no corpo, principalmente a tau e a beta-amiloide. Os sintomas da doença incluem perda de memória de eventos recentes, repetição repetida da mesma pergunta e dificuldade em resolver problemas mais complexos. Os neurônios são destruídos pelos emaranhados.