Na última segunda-feira (13/1), o estado de São Paulo confirmou o primeiro caso humano de febre amarela de 2025. O indivíduo contaminado é um homem de 27 anos, residente na cidade de São Paulo.
Ele confirmou que visitou Socorro, uma cidade localizada na região de Campinas, onde recentemente foi notificado um caso de febre amarela em um macaco.
A febre amarela é uma enfermidade infecciosa aguda, de progressão acelerada e severidade variada, apresentando elevada taxa de mortalidade nas suas formas mais severas.
O vírus não se propaga de indivíduo para indivíduo. Há duas modalidades de transmissão: a urbana e a silvestre. No ambiente urbano, o mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor. Já em regiões de mata, o macaco é o hospedeiro mais comum do patógeno, e os vetores são essencialmente espécies silvestres de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.
Sintomas da febre amarela
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença incluem:
- Início súbito de febre;
- Calafrios;
- Cor de cabeça intensa;
- Dores nas costas;
- Dores no corpo em geral;
- Náuseas e vômitos;
- Fadiga;
- Fraqueza.
Os sintomas costumam persistir por cerca de três dias. Acredita-se que aproximadamente 40% dos indivíduos afetados pela doença acabam morrendo.
A abordagem terapêutica para a febre amarela é meramente sintomática, voltada para a redução dos sintomas. O paciente precisa ficar em repouso, sob a supervisão de um médico especializado. Em situações críticas, requer-se assistência em unidade de terapia intensiva (UTI) para minimizar complicações e o perigo de óbito.
A imunização é o método mais eficaz de prevenção, principalmente para aqueles que residem em regiões com ocorrências da enfermidade ou têm planos de viajar para essas regiões, conforme ressalta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Outras ações relevantes incluem a utilização de mosquiteiros de cama e vestimentas que garantam a proteção integral do corpo.
No ano de 2024, São Paulo teve dois casos confirmados de febre amarela em humanos: um contraído no próprio estado e outro de um homem infectado em Minas Gerais, que veio a óbito.
A doença foi confirmada em nove macacos pelo Instituto Adolfo Lutz, sendo sete deles na área de Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho e dois em Socorro. Foram intensificadas as medidas de vigilância em saúde e vacinação nessas regiões, recomendando-se cuidados extras para aqueles que pretendem viajar para áreas florestais.