Assim como todas as plataformas digitais, o Google Drive teve atualizações em suas políticas, porém as novas regras vêm chamando atenção de forma negativa. Para alguns usuários, as novidades estão sendo encaradas como censuras indevidas, já que alguns conteúdos podem ser excluídos a revelia de seus donos.
Isso porque a nova atualização da plataforma detecta o que considera inapropriado os conteúdos são excluídos de forma definitiva, mesmo o material não tendo nada que o torne inapropriado. Além disso, serão feitas restrições e bloqueio também de arquivos considerados nocivos pela empresa.
A restrição envolve a colocação de um ícone em forma de “bandeira amarela” ao lado do arquivo, e na sequência o responsável pelo armazenamento receberá um e-mail de aviso. Caso discorde da decisão é possível pedir a análise de uma violação nas configurações do arquivo de forma minuciosa.
Através de “sistemas automatizados”, a plataforma detectará arquivos que possam estar “violando as políticas da empresa”. Posteriormente, especialistas internos revisam a demanda e decidem o que fazer a respeito.
Entre as opções, está à restrição de acesso a terceiros, para que o tal conteúdo não possa ser compartilhado online — recurso muito usado na plataforma. Além de acessar, o Google ainda poderá deletar os arquivos ou banir o usuário de todos os seus serviços.
Esse foi o caso do Fotojornalista Pedro Braga Jr., que costumava armazenar seus acervos fotográficos na plataforma, e com a atualização acabou perdendo décadas de trabalho.
“Em um dia como outro qualquer, entrei no meu e-mail para começar meu trabalho diário, quando me deparei com a mensagem de que a minha conta do Google estava suspensa por violação de normas da plataforma, imediatamente tentei entrar em outros produtos e não consegui. Toda a minha vida profisssional está nesta plataforma, até hoje não sei qual foi a causa da tal violação, é um absurdo, não tive chance de me defender. Entrei com uma ação na justiça e aguardarei ter de volta todos meus arquivos e trabalhos guardados na plataforma”, disse o jornalista.
A empresa por sua vez afirma que a medida busca atingir qualquer conteúdo suspeito, desde malwares as mensagens de ódio, porém não especificou exatamente quais critérios serão usados para medir se um arquivo é apropriado ou não e em que condições o Google pode decidir censurar um usuário sem poder responder.