As emissões de carbono do Google aumentaram 48% nos últimos cinco anos devido à IA. O consumo de energia nos centros de processamento de dados, onde os modelos de inteligência artificial são treinados e operados, é o principal problema.
As emissões de carbono do Google aumentaram 13% em 2023 para 14,3 toneladas. A empresa reconhece que há “incerteza em volta do impacto ambiental futuro da IA”, o que dificulta atingir sua meta de zero emissões líquidas até 2030.
A Agência Internacional de Energia prevê que até 2026 o consumo de energia dos centros de processamento de dados em todo o mundo pode dobrar, atingindo uma demanda semelhante à do Japão. Até 2030, a IA consumirá 4,5% da energia mundial, de acordo com a consultoria SemiAnalysis.
O ChatGPT e o Gemini do Google, por exemplo, consomem 33 vezes mais energia do que o software convencional, de acordo com um estudo recente. Embora o Google afirme que dois terços de sua energia vem de fontes limpas, a proporção varia de acordo com onde seus centros de dados estão localizados.
A Microsoft também está passando por dificuldades semelhantes; seus centros de dados estão consumindo mais energia até 2030, ameaçando sua meta de emissões negativas.
Apesar da situação preocupante, Bill Gates, fundador da Microsoft, acredita que a IA pode ser um aliado na luta contra o aquecimento global. Ele afirma que as grandes corporações de tecnologia estão dispostas a investir em energia renovável como um meio de demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade.