A Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) nem mesmo implementou o lançamento do rover Rosalind Franklin a Marte e já está arquitetando uma nova viagem ao Planeta Vermelho.
Prevê-se uma operação ainda mais audaciosa para 2035, quando a posição relativa da Terra estará mais propícia para missões em Marte.
No mês de dezembro de 2018, a ESA lançou um edital para receber propostas no programa “Advanced Entry, Descent, and Landing Capability on Mars”, conforme divulgado pelo site European Spaceflight.
O objetivo é instigar os pesquisadores a desenvolver tecnologias que permitam pousos precisos na superfície terrestre. A decisão sobre a continuidade do programa será tomada pelo Conselho Ministerial da União Europeia em novembro, com base nas propostas recebidas.
Até o momento, a Europa não conseguiu completar um pouso com segurança em Marte. Em 2016, o módulo Schiaparelli, lançado a bordo da primeira missão ExoMars, colidiu com a superfície após uma falha no pouso.
O rover Rosalind Franklin, previsto para ser lançado em 2028, é a aposta atual da ESA para uma exploração bem sucedida em Marte. Ele coletará amostras a uma profundidade de até dois metros e fará a análise com instrumentos de última geração em um laboratório de bordo.
“O objetivo principal é pousar o rover em um local com alto potencial para encontrar material orgânico bem preservado, especialmente dos primórdios da história do planeta. Amostras subterrâneas têm mais probabilidade de incluir biomarcadores, já que a tênue atmosfera marciana oferece pouca proteção contra radiação e fotoquímica na superfície”, explica a agência.
A ESA também planeja aumentar a frequência de missões para a órbita de Marte com o rebocador LightShip, uma nave espacial reutilizável criada para transportar cargas úteis. A ideia é reduzir os custos das explorações e também facilitar o acesso ao Planeta Vermelho.