O Google anunciou na terça-feira (18) a compra da empresa de segurança cibernética Wiz por US$ 32 bilhões, marcando sua maior aquisição até o momento. A transação, que será realizada integralmente em dinheiro, representa uma aposta significativa da gigante de tecnologia na segurança na nuvem, especialmente em um contexto de rápido crescimento da inteligência artificial.
A aquisição da Wiz, que ainda depende da aprovação regulatória, supera a maior aquisição anterior do Google, que foi a compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, em 2012. Originalmente, o Google estava em negociações com a Wiz no ano passado para um acordo de US$ 23 bilhões, mas as conversas não avançaram e a empresa passou a considerar uma oferta pública inicial. No entanto, agora, a aquisição foi confirmada com um valor bem superior.
Fundada há cinco anos em Nova York por Assaf Rappaport, Ami Luttwak, Yinon Costica e Roy Reznik, a Wiz teve um crescimento explosivo no mercado de software de segurança cibernética para computação em nuvem. Os fundadores, que se conheceram na Unidade 8200 das Forças de Defesa de Israel, destacam a necessidade de avançar rapidamente diante do ritmo acelerado da segurança cibernética. “A hora é agora”, afirmou Rappaport em um post no blog da empresa.
O acordo também representa um possível sinal de recuperação nas negociações de fusões e aquisições, que estavam estagnadas devido à turbulência nos mercados financeiros e à diminuição da confiança por parte dos CEOs. Segundo Dan Ives, chefe global de pesquisa de tecnologia da Wedbush Securities, a reativação das negociações surge após a saída de Lina Khan da presidência da Comissão Federal de Comércio (FTC), que havia adotado uma postura rigorosa contra mega fusões.
A postura antitruste de Khan, que foi elogiada por alguns republicanos, como o vice-presidente JD Vance, causou controvérsia, mas também gerou um ambiente mais favorável para acordos no setor de tecnologia.