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Nasa detecta maiores moléculas orgânicas em Marte

O rover Curiosity fez uma descoberta importante ao identificar as maiores moléculas orgânicas já encontradas em Marte. Elas estavam em uma rocha de argila de 3,7 bilhões de anos, localizada na Cratera Gale. Embora moléculas como essas possam ser formadas por processos biológicos ou não biológicos, a descoberta não comprova que Marte tenha abrigado vida no passado, nem que ainda haja vida no planeta.

A pesquisa, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences nesta segunda-feira (24), sugere que, se Marte teve vida em seus primeiros dias, seus vestígios poderiam ter sido preservados por quase quatro bilhões de anos.

As moléculas orgânicas encontradas, compostas por carbono, são essenciais para a vida na Terra e possivelmente em outros planetas, embora nem todas as moléculas orgânicas exijam a presença de vida para serem formadas. Um desafio na busca por sinais de vida em Marte tem sido entender o quanto dessas evidências poderiam ter sobrevivido ao longo do tempo.

As amostras coletadas pelo Curiosity foram analisadas pelo instrumento Sample Analysis at Mars (SAM), que detectou moléculas orgânicas com até seis átomos de carbono, incluindo algumas com cloro e enxofre.

Para evitar que o oxigênio presente em outros compostos marcianos oxidasse as moléculas desejadas, os cientistas aplicaram um processo de aquecimento em duas etapas. Esse procedimento resultou na formação de clorobenzeno, uma molécula orgânica composta por seis átomos de carbono.

Além disso, foram identificadas pequenas quantidades de moléculas de cadeia longa, chamadas alcanos, como decano (C10H22), undecano (C11H24) e dodecano (C12H26). Esse achado representa um avanço em relação a descobertas anteriores, ampliando o conhecimento sobre a química de Marte.

Embora os pesquisadores acreditem que os alcanos foram formados durante o processo de aquecimento e não estivessem presentes na rocha originalmente, a descoberta sugere que, se Marte já teve vida, seus vestígios poderiam ter sido preservados nas rochas por bilhões de anos.

Embora não comprove a existência de vida, a descoberta reforça a hipótese de que, se vida existiu em Marte, seus vestígios podem ser detectados por futuras missões, utilizando tecnologias ainda mais avançadas.

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