A OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, revelou ter encontrado indícios de que a startup chinesa DeepSeek utilizou ilegalmente dados do ChatGPT para treinar sua própria ferramenta de inteligência artificial. A informação foi divulgada por fontes internas da empresa ao jornal Financial Times, em matéria publicada nesta quarta-feira (29).
A suspeita é de que a DeepSeek tenha utilizado uma técnica chamada “destilação”, onde desenvolvedores extraem dados de modelos de IA já estabelecidos para treinar modelos em desenvolvimento. Isso permite que modelos menores atinjam resultados semelhantes em tarefas específicas a um custo reduzido.
Embora essa prática seja comum no setor, a OpenAI afirma que usá-la para criar um modelo concorrente viola os seus termos de serviço, pois é proibido copiar partes do sistema ou utilizar seus resultados para desenvolver modelos que competem diretamente com a OpenAI.
“O problema surge quando você extrai esses dados da plataforma para criar seu próprio modelo com seus próprios objetivos”, disse uma fonte da OpenAI ao jornal. A DeepSeek ainda não se pronunciou sobre a acusação.
Sam Altman, CEO da OpenAI, já havia elogiado publicamente o modelo da DeepSeek, considerando-o “impressionante”, especialmente pelo preço acessível. Em uma postagem no X (antigo Twitter), feita na segunda-feira (27), Altman destacou que a OpenAI está comprometida em oferecer modelos ainda mais avançados no futuro, apesar da concorrência acirrada, que ele considera “revigorante” para o setor.
Lançado oficialmente em 20 de janeiro, o modelo DeepSeek R1 superou o ChatGPT em número de downloads na App Store dos Estados Unidos em poucos dias, gerando um grande impacto no mercado. O avanço da startup chinesa fez com que empresas como Nvidia, Meta e Microsoft registrassem perdas bilionárias em suas ações.
Fonte: Redação Terra
