A polícia prendeu uma funcionária do governo do estado por infanticídio, na região central de São Paulo. Após esconder a gravidez e ter o bebê em casa, ela deixou a criança sem qualquer tipo de assistência ou comida até o recém-nascido morrer.
Durante os nove meses, Thaís Domingues Dias escondeu a gravidez que, segunda ela, em depoimento à polícia, foi indesejada. A criança era fruto de um caso com um ex-colega de trabalho. Thaís é funcionária do governo do estado onde trabalha na assessoria de imprensa. Ela tem também uma pequena empresa que vende bolos e doces.
De acordo com a polícia, a mulher, que já é mãe de outros dois adolescentes, teve o bebê em casa e o deixou à própria sorte. Durante horas o recém-nascido ficou sem assistência médica e alimentação. A criança morreu na segunda-feira (11) de manhã no edifício onde mora. Thaís colocou o corpo do bebê em uma caixa de sapatos e a caixa em uma sacola de lixo.
O crime foi descoberto pelo faxineiro do prédio que, na hora de fazer a coleta seletiva, encontrou o corpo do neném. O homem avisou o zelador, que chamou a polícia. Domingues foi presa em flagrante e vai responder pelo crime de infanticídio. Ela pode ter como atenuante o quadro clínico de depressão pós-parto. A pena, nesses casos, é de dois a seis anos de prisão.
Em seguida, ela foi levada para um hospital onde passou por exames ginecológicos e psicológicos para confirmar a influência do estado puerperal.