O primeiro lote de vacina contra varíola dos macacos (Monkeypox) chegou ao Brasil nesta semana. Segundo o Governo Federal, a remessa, com 9,8 mil doses, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP).
Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.
Os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). As vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. O estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores.
Inicialmente, os grupos incluídos são as pessoas que tiveram contato prolongado com caso confirmado de varíola dos macacos e pessoas em pré-exposição, que fazem uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) ou em tratamento com antirretroviral para HIV. Serão divulgados em breve os centros de pesquisa que serão incluídos, considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo.
Profissionais de saúde não estão incluídos como grupo prioritário para a aplicação da vacina, já que os dados epidemiológicos desse grupo no Brasil e no mundo não demonstram maior exposição à doença. Esses profissionais realizam coleta e atendimento aos pacientes com equipamento de proteção individual. Caso haja algum contato prolongado e sem proteção com algum paciente, esse profissional poderá ser recrutado.