Nesta terça-feira (14/02), forças russas bombardearam tropas ucranianas e cidades ao longo da linha de frente na região de Donetsk, no que pareciam ser os primeiros ataques de uma nova ofensiva, enquanto aliados ocidentais se reuniam em Bruxelas para planejar o aumento de suprimentos de armas para o governo de Kiev.
A cidade de Bakhmut, em Donetsk, alvo principal do Exército invasor do presidente russo, Vladimir Putin, estava em uma posição precária.
“Não há um único metro quadrado em Bakhmut que seja seguro ou que não esteja ao alcance do fogo inimigo ou dos drones”, disse o governador regional Pavlo Kyrylenko à emissora nacional da Ucrânia.
Ele afirmou que a artilharia russa estava atingindo alvos ao longo das linhas de frente em Donetsk, que junto com a região de Luhansk compõe Donbas, o coração industrial da Ucrânia e um dos principais objetivos dos russos.
Com a aproximação do primeiro aniversário da invasão, o Kremlin tem intensificado as operações em uma ampla área do Sul e Leste da Ucrânia, e uma grande nova ofensiva foi amplamente antecipada.
Otan
Antes de uma reunião dos ministros da Defesa da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, disse que os países ocidentais precisam aumentar o fornecimento de munição para Kiev.
“Não vemos sinais de que o presidente Putin esteja se preparando para a paz. O que vemos é o contrário, ele está se preparando para mais guerra, para novas ofensivas e novos ataques”, declarou ele a repórteres.
Os militares da Ucrânia disseram hoje que suas forças repeliram ataques em cinco assentamentos em Luhansk e seis em Donetsk, incluindo Bakhmut, nas últimas 24 horas.
Eles também repeliram um ataque a uma cidade na região de Kharkiv, que faz fronteira com a Rússia no Nordeste da Ucrânia.
“A situação é difícil como um todo, mas controlada”, disse Kyrylenko. “O inimigo não conseguiu obter sucesso tático ou estratégico lá”.